sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O TEMPO DA FELICIDADE


Imagem - Zzig.comunidade 


O TEMPO DA FELICIDADE


Que correria para chegar a tempo ao novo ano!
Todos querem apanhar o comboio da felicidade
por uns poucos tostões e com o mínimo de esforço!
Vão-se atropelando, uns aos outros, sem se aperceberem
que o valor humano tem a maior parcela de felicidade.
São as novas tecnologias e mais umas quantas ciências
encapuçadas duma verdade, que não tem nada de realista,
fundamentada num ideal promissor que supere todas as expetativas.
E, eu aqui falando com os meus botões e pensando acasalar
o espaço num planetário com letras de mui milhões de consciência 
e outras tantas de paciência para tolerar o tempo. 
Tempo que, não tem hora marcada, aconchega o peito num amor 
supremo, tem todo o tempo do mundo.
Que correria para chegar a tempo ao novo ano!
Todos querem apanhar o comboio da felicidade
E eu aqui falando com os meus botões e pensando acasalar
o espaço num planetário com letras de mui milhões de consciência 
e outras tantas de paciência para tolerar o tempo.
Esperando sereno a passagem do ano a um outro que, não conheço
e nem sei se vem por bem! Que, venha a seu tempo e com vontade
de expressar um vento miraculoso, deixe a sensação de arte,
vala a pena correr para apanhar o voo da felicidade!
São os momentos e mais outras quantas saudades
enraizadas duma verdade, que tem teor realista,
fundamentada num presente promissor que supera todas as expetativas.
E, eu aqui falando com os meus botões e contente
nem penso mais num planetário de letras de mui milhões de consciência 
e outras tantas filosofias para tolerar o tempo
porque, sem querer, atingi o tempo da felicidade.
Voo e volto, mais tarde, para contar a minha estadia 
num tempo que não tem hora definida,
nem passagem para um outro ano, tem vida com poesia
que enche o coração dum século de existência humana
porque, sem querer, atingi o tempo da felicidade.

© Ró Mar

FELIZ 2018...




Feliz 2018…


E é chegada aquela hora
Da entrada num ano novo
Vamos lá, pois embora
Ver se é chegada a hora do POVO

É que o povo é martirizado
E espera sempre o melhor
Mas do que se sabe do passado
Ó Povo por ti não há amor

Que haja uma certa virada
Com sentimentos positivos
Para se viver de forma amada
Em momentos tão sensitivos

Era isto que queria dizer
Antes deste ano terminar
Que houvesse mais prazer
Nesse ano que está a chegar!

Armindo Loureiro 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O PÓS-NATAL




O PÓS-NATAL 


Disse-me o Anjo do Natal,
No seu anúncio transcendente,
«No combate entre o bem e o mal
Quem o ganha é a Santa gente.»

A pobreza existe no mundo
E parece que é estrutural,
O seu efeito é bem profundo,
Disse-me o Anjo do Natal. 

A injustiça ´stá em todo o lado,
Pela miséria que é evidente,
Todo o homem nasce fadado
No seu anúncio transcendente. 

A cobiça paira entre os homens
No seu bailado, qu´ é abissal,
E a alma perde-se por vinténs
No combate entre o bem e o mal. 

As guerras matam a esperança
P´ la balofa paz inclemente
Jesus fez-se, porém, temperança
Quem o ganha é a Santa gente… 

Mas a vil Tirania resiste
Por oceanos encapelados
E o poder do dinheiro persiste
Nos corações escravizados.

O Pós-Natal está de partida
O brilho da Estrela apagou-se
A Mensagem foi esquecida
E o Amor, que havia, foi-se. 

- Ó homens de mente selvagem
Ouvi da vossa alma o clarim
Mudai o rumo da triste viagem
E não caiais na noite sem fim! 

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

MEU MENINO PRENDADO




MEU MENINO PRENDADO 


Ó meu Menino prendado,
Uns olhos da cor de limão,
Sorris na palha, deitado,
Prendendo o meu coração. 

Ó meu Menino universo
Meu poema encomendado
És meu céu em cada verso,
Ó meu Menino prendado. 

Ó meu Menino do mundo
A quem deste a Salvação
Tens no Teu corpo jucundo
Uns olhos da cor de limão.

Ó meu Menino da vida
Com rosto enamorado
Pra minha esperança acrescida 
Sorris na palha, deitado. 

Ó meu Menino, meu oiro,
Meu fogo, minha paixão,
És para mim um tesoiro
Prendendo o meu coração.

Ó meu Menino, meu bem,
Meu anjo acolhedor,
À Tua família também
Eu quero jurar meu amor.

Ó meu Menino Jesus,
És minha graça e meu lar, 
Por minha Fé, minha luz,
Teu nome eu hei-de cantar! 

Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA

domingo, 24 de dezembro de 2017

PARA DAR NATAL AO MEU BEM AMADO


Imagem - £P$iLON


PARA DAR NATAL 

AO MEU BEM AMADO


Um pouco de papel colorido, 
Segredo embrulhado, rebuçado
De sorrisos, mesura dum mundo,
Para dar Natal ao meu bem amado.

Tela pequena, coração lacrado
Em forma polvilhado de paixão,
Que beijo num ditongo d'ascensão,
Para dar Natal ao meu bem amado.

Uma quadra de letras bonitas: 
A-M-O-R para acolher todas as estrelas
Do universo ao nosso principado,
Para dar Natal ao meu bem amado.

Jesus que nasce em nós: o divino
Poema dum ciclo lunar, desenhado
Em quarto crescente dum novo ano,
Para dar Natal ao meu bem amado.

© Ró Mar

SONHO DE NATAL!




Sonho de Natal!


É Natal…é tempo de dar amor e sorrisos!
É a luz de Deus que derrete o gelo e o frio
e transforma tudo em calor, laços de ternura e amor…
Eu sonhei que essa luz se prolongava
nos restantes dias do ano…
Que houvesse sempre paz e justiça 
nos corações dos Homens de Bem…
Sonhei que o Pai Natal existe mesmo:
que vinha a todas as casas distribuir
carinho, realizar sonhos e muitos sorrisos!
Que as crianças e pessoas dançavam felizes
à volta de uma fogueira enorme,
com muito calor, luz e esperança…
Sonhei que neste Natal acabava as guerras,
a fome e as injustiças…
Todos sorriam felizes, com trabalho e alegrias!
Como era bom que esse sonho
não fosse só um sonho de Natal,
para qua a paz e o amor andassem de mãos dadas!
Eu continuo a sonhar sempre com esperança,
porque Deus pode fazer milagres
e todos os dias podem ser dias de Natal…
Continuemos a sonhar, a dar o melhor de nós,
a fazer felizes os outros e a distribuir 
luz, paz, amor e sorrisos…
Afinal, Jesus nasce todos os anos 
para renovar os nossos desejos e sonhos!

Bernardina Pinto

sábado, 23 de dezembro de 2017

É NATAL




É NATAL


É Natal, tempo de partilhar
Amizade, amor e muita alegria.
Que haja nos lares união familiar
E muita paz no nosso dia-a-dia.

É Natal, Jesus vai outra vez nascer
Para no teu coração entrar e ficar
Para a sua luz poder permanecer
Em cada momento da vida e brilhar.

Que Jesus ilumine cada lar
Com harmonia, união e calor.
Que a esperança possa se espalhar
Assim como a tolerância e amor.

Bernardina Pinto

NATAL




NATAL 


Abençoado Deus Cristão,
Senhor da mais íntima lágrima humana.
Dá-nos a tua paterna paz.
Consolai nosso coração!
O caminho é tão incerto.
Fortaleça nosso espírito!
Deus do livre arbítrio humano,
Que na hora do medo 
E da solidão nós chamamos:-Pai!
Ó Pai de todos.
Pai que uni-nos na beleza dos seus símbolos 
E torna-nos iguais. 
Senhor o caminho é tão incerto e penoso.
Assim, Ó Deus de todos
Fortaleça nosso espírito!
Somos tão pequeninos 
Diante a tua Grandeza.
Ó Deus supremo a todas as filosofias.
Cante-nos, uma suave canção,
Nessa noite natalina
No choro cristalino 
De luz e de paz
Do seu Jesus menino!
Faz badalar os sinos 
Da Tua misericórdia, da Tua piedade, 
Do Seu perdão, do Seu amor, da Sua paz 
E principalmente ensina-nos, 
Ó Pai, o dom da partilha!
Dá-nos hoje Senhor de todos nós 
As tuas mãos estendidas
E salva-nos para o caminho pra Vida
Com o Teu olhar de Pai e de Filho 
E de Espírito Santo, Amém!

Carlos da Costa

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

UNIÃO E PAZ NA TERRA E MUI AMOR




UNIÃO E PAZ NA TERRA E MUI AMOR


União e paz na terra e mui amor 
Ao próximo, a causa justa e nobre
Por uma humanidade mais que pobre,
Com toda a dignidade pra repor;

Uma nova esperança pra o mundo
Que, carece de mimos p'lo inverno,
Não tem outro Natal e não vê ano
Novo, tem o tempo todo contado!

Subtraia-se o populismo, riqueza
Dum parecer, o ego d'uma sociedade 
De fachada à raiz de certa pobreza,
Que revela mais que outra verdade!

O que a gente tem é a natureza,
Que temos de estimar com coração!
Viver é, mui mais que ser/ ter, união 
De fato ao oceano da incerteza!

O tempo mudou, vejo gelo a ficar
P´lo muro dum abismo, se nevar
Fazem ski e senão como brincar
E ser criança quando não há lar!

Vejo o mundo todo colorido 
Com ideais, prometido, sobrando,
A um passo de multiplicar tudo,
Não vejo que fermento dê tudo!

Quiçá eu tenha mais outra visão, 
Tão realista quanto a humanidade
Que me assola os dias, numa idade
Que concerte os males duma nação!

Sonho é o que a gente tem de verdade
E eu sonho minha pátria, com fervor,
P´la natureza que deixa saudade:
União e paz na terra e mui amor. 

© Ró Mar 

CARIDADE




CARIDADE


Orlando estava desempregado
Pela primeira vez no Natal
Totalmente desanimado
Porque este mês é especial

Não tinha dinheiro para oferecer
Ao seu filho a prenda na consoada 
Não sabia mesmo o que deveria fazer
Resolveu ir caminhar pela estrada

Numa ruela totalmente sombria
Viu um mendigo deitado no chão 
Apesar de estar triste e sem alegria
Abraçou o velhinho dizendo meu irmão 

O mendigo estava há muitos dias sem comer
O Orlando sem hesitar levou-o para casa
Deu-lhe uma sopa quente e água para beber
E o que restava de um frango apenas a asa

Ficou comovido pela rapidez com que ele comia
Retirou-se para o enxugar as lágrimas de tristeza 
Desejando que nunca lhe acontecesse um dia
Mas como estava desempregado não tinha a certeza

Quando se voltou o mendigo tinha desaparecido 
Como se tivesse evaporado sem rasto nem cheiro
Reparou num saco vermelho que ele tinha esquecido
Quando o abriu até se assustou estava cheio de dinheiro

Com um bilhete escrito com letras douradas
DÁ O POUCO QUE TENS E RECEBE O MUITO EM TROCA.

Paulo Gomes 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

É NATAL! ENTÃO, QUE SEJA NATAL!




É NATAL! 

ENTÃO, QUE SEJA NATAL!


I

É Natal! Então, que seja Natal!
Época a reflexão e também partilha
Dum mundo comum ou tradicional, 
Alma a Jesus, pra nossa maravilha.

Época de sonhos de gente miúda,
Alegrias e tormentas de outras gentes,
Uns tem tudo, outros nada têm, na vida!
Dê a sua palavra prós fazer contentes.

Faça acontecer o Natal p'lo mundo
Sentindo a sua mensagem numa poética
Qu'enobreça esperança e amor! Ah, saúdo

"Salvador" p'la passagem vigilante
Aqui p'la minha amada terra e gente!
A quadra de Natal é época mágica.

© Ró Mar


II

A quadra de Natal é época mágica
Sinto eu, sentirá muito mais gente!
Faça por aqui a luta antitabágica 
Pra que outra gente fique consciente.

Mas, pode-se falar de algo demais,
Para que o Cancro seja banido
E que ninguém dê por aqui seus ais.
Votem nisso todo o vosso sentido!

É Natal e vésperas de ano novo
Faça por ser, fazer gente feliz!
É isso que Deus pra nós quis e renovo.

Lembre-se do ser que é mais infeliz
Ao passar tormentos de certo modo, 
Faça crescer a força do denodo.

© Armindo Loureiro 


III

Faça crescer a força do denodo
Que se honre o Amor e a fraternidade!...
D'Alguém que veio a este Mundo de modo
Humilde. Orando p'la humanidade!...

Nasceu numa gruta vil em Belém,
Mui pobre, na tão bela noite fria,
Jesus, o Filho de José e Maria;
Estrela brilhando por Jerusalém…

Os anjos lá alto inda estão cantando
É Natal! Nasceu o Deus Menino…
Repostam os sinos em sintonia:

E o meu coração está sangrando…
Tal cântico! Onde o presépio é hino…
Eterno… narrando pulcra poesia!...

© Helena Martins 


IV

Eterno… narrando pulcra poesia
D'alma e coração pra uma nação!
P'la roda da boa vontade há alegria
Que une as gentes num uno coração!

Que se honre o espírito Natal!
O nascimento, vida, o amor 
Ao próximo, por um mundo melhor,
Louvar Cristo por um feliz final.

Faça Natal p'lo mundo, a toda a hora,
Ao cruzar o caminho d'outro, não 
Se esqueça de dar boa recordação!

Que seja a estrela maior do universo
A iluminar o novo ano, flora
O meu coração p'lo sagrado verso!

© Ró Mar

Sonetos Do Universo | 2017




O RENASCER DE JESUS


Imagem - Google


O RENASCER DE JESUS


O Natal será para sempre lembrado,
P'la magia da juvenilidade e harmonia,
Enamorado coração que une amado,
Época a mil uma folhas de alegria.

Primavera florescendo ao outono 
Da vida, a criança a nascer, poesia
Que recorda o tempo que traz um ano
Encantado p'lo sonho de novo dia.

P´las alvas açuçenas o libertar,
Um amanhã níveo num acordar 
Sereno, a fé, a esperança duma luz.

Será estação nova p'la humanidade,
Cantiga de amor, uma eterna saudade,
Que traz ao tempo o renascer de Jesus.

© Ró Mar

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

PRENDAS DE NATAL




Prendas de Natal


Feliz Natal vou desejar,
Aos amigos, que é o tema,
Não há prendas para dar,
Mas aqui vai um poema.

As prendas são os carinhos,
E abraços de amizade,
São estradas e caminhos,
Com rumo à felicidade.

É ter ao lado um amigo,
Que pode contar contigo,
Com palavras de calor.

Desejar um Bom Natal,
Sem prendas, mas não faz mal,
Mas com intuição de amor.

Fernando Figueiredo

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

MINHA ESTRELA GUIA


Imagem - Google 


MINHA ESTRELA GUIA


I

Aquece-me a alma, minha estrela guia,
Pra dar alegria e voz ao coração
Duma humanidade a carecer poesia
E num forte abraço de amor paixão.

Que a tua luz traga a todos no mundo
Um novo espírito, luzente, infinito,
De Natal p'la Terra, mui forte, fecundo,
Numa árvore nova, esperança ao aflito!

Para que seja Natal p'lo universo
Desejo tua presença, num sorriso uno,
Em caricia à gente, a quem dou meu verso

A teu coração, num singelo berço.
Ah, Cristo amado vem ao humano,
Minha estrela guia, une mundo diverso!

II

Aquece-me a alma, ilumina momentos
Qu' embrenhem a verde luz, dum caminhar
P'lo alto mar, à nossa pátria de encantos.
Ah, mastro - navio que desejo içar!

Refletindo por centelha familiar:
Quanta letra tem o navio do povo?
Conto ao vento sílabas a par e par,
Que o destino embarque noutro ano novo!

Ah, poesia que navega a profundeza
Numa alma que tem o coração de (a)mar
Uma humanidade p'la sua natureza!

Ah, singeleza ondeando o Horizonte 
Da Poesia, tem certo dom a poetar
A nação, aquece minha alma viajante!

III

Aquece-me a alma, à tua sabedoria
Para dar amor, vida p'lo coração,
Dos que mais precisem duma caricia,
Num gesto amigo, singelo a paixão.

Ah, Jesus Menino, meu berço adorado,
Mártir, salvador, fermenta a nossa vida,
P'lo pão nosso dia a dia mais que fornada,
Para o Natal ser duradouro reinado!

Que a tua luz entre p'lo novo caminhar
E numa labareda de paz e humildade
Para com o próximo que é familiar.

Para que seja Natal p'la humanidade! 
Desejo tua presença, num escrito poesia,
Aquece-me a alma, minha estrela guia.

© Ró Mar

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

PAZ E SOLIDARIEDADE TODOS OS DIAS




Paz e Solidariedade Todos os Dias


Limpe as lágrimas
de quem chora
conforte os corações
sem esperança
ofereça abraços, sorrisos, palavras
ao idoso, ao sem abrigo, à criança
a todo o ser seu irmão
não exite, estenda a mão
e viverá em harmonia
com mais paz no coração
Ofereça presentes
bondade solidariedade e carinho
enfeitados com laços de ternura
faça-o com muito amor
e irá atenuar muita dor
Com esplendor e energia
sonhe, almeje, concretize
aja, reaja, abrace, sorria
espalhe alegria
doe-se em gestos, ame, viva…
com energia vital
e num luzir de emoções
receba todos os dias
O calor dos corações
sorrisos... afetos… magia
como se fosse Natal!

Lurdes Rebelo

JESUS NASCEU



Jesus Nasceu


Nasceu, nasceu JESUS menino,
Filho de Deus e de Maria!
Cantai-lhe, Ele é pequenino,
Mostrai-lhe a vossa alegria.

Este Menino, “o Cordeiro”,
Foi mais tarde crucificado,
E, na fé, foi Ele o primeiro
Que está vivo, ressuscitado.

Esperança do povo cristão,
Santo Natal, abençoado,
Fazemos na antiga tradição

Um presépio encantado,
Onde reina a paz no coração,
Com um amor sempre inventado!

Acácio Costa

AS CRIANÇAS /SEM NATAL




AS CRIANÇAS /SEM NATAL


Hoje me vesti de Natal
porque o meu espírito pedia,
nunca vesti uma roupa igual
mas não fui eu, foi a poesia.

Sou uma mãe Natal talvez,
tento sê-lo todos os dias,
pelo menos na vida uma vez,
trocar a roupa e dar alegrias.

Se pudesse ser de verdade
e atender todas as crianças,
eu lhes daria a todos igualdade,
não lhes daria falsas esperanças.

Porque não se vive de esperança,
vive-se com todos os direitos que têm,
crianças que não sabem o que é ser criança
porque os direitos à vida lhes tiraram também.

Que a guerra
e a fome no mundo
pudesse ser terminada,
toda a criança merece
o mais básico que é ser amada.

Joana R. Rodrigues 

domingo, 17 de dezembro de 2017

NATAL DE ANTES E NATAL DE HOJE




NATAL DE ANTES E NATAL DE HOJE 

«A crença gerou o mito»


Será um só Natal ou serão dois Natais,
Pergunta toda a boa gente num só grito?
P´ lo que se vê, tanto nos filhos como nos pais
Parece qu´ a ancestral crença gerou o mito!

Entre os singulares eventos tradicionais
É o Natal aquele que tem foros d´ infinito,
E que em todas as gerações remexe mais
Num carrocel de emoções bem circunscrito.

A crença de Jesus-Menino de Nazaré,
A Sagrada Família, sita em Belém,
Fez do Presépio aquela mensagem que é
O modelo de que a Sociedade é refém.

Mas emerge por ora o mito do Pai Natal
Que vem tão só da revolução Industrial,
Servindo de atracção pró mero consumismo
Da economia do mercado e do cinismo…

Este Natal de antes, este Natal de hoje,
Com sede em Belém ou na Santa Claus Village,
São o contraponto de que toda a alma foge
Ainda que seja atraente a magia que reage! 

Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA

sábado, 16 de dezembro de 2017

O NATAL




O Natal


Para muitos, alegrias,
Outros passam com tristeza,
Mas quantos de mãos vazias,
Nos limiares da pobreza?

Ajudar quem está por perto,
Fazendo assim acções nobres,
Ter o coração aberto,
Para os povos mais pobres.

Levar a paz onde há guerra,
Melhorar a vida na Terra,
Que uns vão bem, outros vão mal,

Um sorriso, uma afeição,
Que nos chegue ao coração,
E é assim um bom Natal.

Fernando Figueiredo


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

A QUADRA DE NATAL É ÉPOCA MÁGICA




A QUADRA DE NATAL É ÉPOCA MÁGICA


I

A quadra de Natal é época mágica, 
Onde há luz e cor em toda a humanidade 
As árvores vestem uma imagética 
Que aviva a natureza com luminosidade.

Celebra-se em família, o nascimento, 
Onde há harmonia, amor e felicidade 
Pelo Menino Jesus que nasceu bento 
No mais belo presépio de simplicidade. 

O verde musgo, que inventa a pastagem, 
Onde surge os três réis magos que trazem 
Ao reino mirra, incenso, ouro e alegria. 

À volta do presépio as crianças brincam,
No mais belo cenário, baloiçando o coração
Às baladas da noite tocam sinos de poesia.

II

Às baladas da noite tocam sinos de poesia,
Data que nasceu Cristo, diz na lenda que o Galo 
Foi o primeiro animal a presenteá-lo, 
Gente na Igreja para "Missa do Galo". A magia

Do Pai de Natal, mais velho não desce a chaminé 
Mas quer estar presente em todos os lares, até
Tarde, contemplando o Natal de dia feriado,
Mais que motivo para ter a família ao lado.

Na noite de consoada há peru, rabanadas,
Bolo rei e outros, que deixam as mesas enfeitadas
Para o dia de Natal, quanta fartura!

O Natal é em qualquer lugar até pelas ruas,
Onde reina o frio, há bacalhau sem espinhas
E com todos, broa, tinto e mantas com largura!

III

E com todos, broa, tinto e mantas com largura,
A noite é de alegria que dá esperança ao planeta!
Nasceu o Salvador, pois, que haja nova estrutura
Pró que labuta sol a sol e não vê cheta!

Eis, a hora de contemplar a vida, 
Com toda a animação pela noite fora,
Vivendo o espírito natalício, de mão dada
E de coração aberto como quem namora!

Natal, é união e amor para com o próximo,
Devia ser dividido pelos dias ao máximo
E ser presente ao novo ano com vida e poesia.

Em sintonia, onde há estrelas luzindo a noite
E sol beijando a lua. Triste, menina da noite
Que é tanto quanto as outras e não tem família!

IV

Que é tanto quanto as outras e não tem família,
Teto pouco tem e a comida é o que vem,
De brinquedos nem fala, pensa noutra mobília
Que ilustre o dia! Ainda assim, esperança tem

Que regala o olho e pede ao pé descalço o Pai Natal:
Uns pais bonitos, como os que vê por aí passeando,
E ainda mais, umas gomas, que não caiam mal.
A noite vem e sobe a estrela ao céu e ela olhando

As casas luzidias e de cheirinho,
O azevinho, murmurando: quem têm pais 
Tem tudo! E, adormece o pinheirinho.

É noite de Natal e pela manhã há Natal!
Não há sonhos, mas, há outras coisas mais
Colorindo ruas, alguns agasalhos pró Carnaval!

V

Colorindo ruas, alguns agasalhos pró Carnaval,
O sol já vai alto, há comidas outras
E do bolo rei a fava para dar ar de Natal,
O seu jardim lotado de meninas loiras,

Onde há brincadeira e mui alegria!
É o grandioso dia, onde se juntam meninos
E outros, primos, amigos partilhando sabedoria
Entre si, de um Natal com todos os mimos.

Há solidão estampada pelo jardim,
Que poucos reparam, os que enxergam nada 
Têm para dar, ainda assim, têm o sorriso querubim,

Que sempre estrela os olhos e dá calor
Espalhando o Natal pelo verdadeiro amor,
Coração que é lágrima na hora da despedida.

VI

Coração que é lágrima na hora da despedida
Ao abençoado dia pelo nosso Menino Jesus,
Que ao mundo veio honrar a lei da vida,
Perdoando os pecadores que o levam à cruz.

Eis, uma salvação para a humanidade,
Mensagem natalícia que devia perpetuar
Pelo tempo como lei maior e humilde
Na sua prática para o universo amar.

Somos filhos de Deus, há sempre um irmão,
Abracemos o nosso semelhante,
Não só enquanto Natal, ou hora de oração!

A vida que é passagem, porquê não ser vivida
Por todos e para todos em constante 
Estrela guia premiando natureza abençoada!

VII

Estrela guia premiando natureza abençoada,
A luz lá bem ao cimo do pinheiro,
Porque é Natal em todo o mundo, alvorada
De bolas coloridas espelhadas em dia caseiro.

A quadra natalícia que tem o Dezembro 
Na azáfama de eventos e vislumbre de montras,
Tantas compras e há-de esquecer algum membro
Que vê na árvore o atrapalhado sem fitas!

À ceia não falta o tradicional bacalhau, 
As couves, o peru, as rabanadas, o fruto, 
Da época, mui doçuras e o bolo rei crucial.

À mesa portuguesa pão e vinho de atributo,
Tudo é escolhido a dedo para ser memorável,
Há calor para além do da lareira e mais afável.

VIII

Há calor para além do da lareira e mais afável,
Que aquece o Dezembro e faz dele especial -
O humano - que afirma o laçarote sociável
Num ato carinhoso, solidário, porque é Natal.

Tudo é sentido como Natal, de bom grado,
Vale a pena viver a época com intensidade,
Lembrando sempre que há outro mundo
Que nada tem, porque é felicidade.

O Natal é um tempo, de amor, paz e união
Que se vive de plena harmonia 
Com a consciência e um bom coração.

Há magia, vale a pena estender ao novo ano
O encanto, semeando entrelinhas de poesia,
Que vai chegar a todo o ser humano.

IX

Que vai chegar a todo o ser humano
Porque somos Natal todo ano!
É esse o espírito que devemos criar
Para que o mundo possa sempre amar.

A família reunida, em torno de uma tradição, 
A celebração do nascimento do Salvador,
O centro do universo, que vê amor
Em todos, o que escrevo de alma e coração.

Ah, que meu verso dê todo sentido à secular
Quadra trazendo muita alegria à humanidade 
Hoje e sempre e pela lágrima saudade!

Ah, sonho o mundo, que desejo meu e teu,
Que o Pai de Natal não conseguirá carregar,
Ainda assim, sonho o mundo meu e teu!

X

Ainda assim, sonho o mundo meu e teu,
Tenho esperança, há que reaprender a acreditar
Na longa barba do Pai de Natal, que eu
E tu à chaminé víamos, num enorme dar.

Alegria que havia e há sempre que, se acreditar
Na magia do tempo e no efeito que a gente tem
Quando pensa plural no Natal, viver a dar
Mão pela mão dedilhando o verso do bem.

Neste meu ver celebro o nascimento do Menino,
Presenteando-o com o que há de mais sagrado,
Não lhe dou mirra, incenso ou ouro este ano;

Dou uma porção de amor, a partilhar ao mundo,
Que baste para solidificar laços e firmar a paz,
Todos queremos, eu trago em meu cabaz.

XI

Todos queremos, eu trago em meu cabaz
Para dar a todos de coração: saúde,
Prosperidade, amor, alegria, paz,
Esperança, amizade - felicidade.

Que meu desejo assim se concretize aqui
Para que possamos ainda desfrutar 
A maravilha que é viver! Foi tudo o que pedi,
Pró Natal, pois, desejo muito amar.

Que as crianças cresçam, num mundo são,
Com o direito de serem meninos de ninho,
 A brincar e viver o Natal com sapatinho;

A mão cheia de doçuras e beijinho
Sempre, a vida não é só um dia (vinte cinco), não,
A vida é dias a fio, todos precisam de carinho.

XII

A vida é dias a fio, todos precisam de carinho
Principalmente os que nada resta de uma tragédia; 
A vida às vezes prega as suas partidas, ficar sozinho,
E velho para reerguer o que desfez um dia.

Ah, Cristo alumiai este reino para que haja solução
Para as gentes que andam no mundo sem norte,
Que jamais é Natal, partiu com o coração
De uma vida a trabalho e sem sorte!

Que haja justiça por uma lei que abarque todos
Que todos sejam gente de dever e direito
Para que a balança equilibre os pesos todos.

Que o espírito de Natal entre pelo ano
Novo, e com vontade para ficar ao peito,
Com firmeza para dar um mundo sano.

XIII

Com firmeza para dar um mundo sano
Cantam vozes "Natal" a canção mais linda
Que a história tem e que é mui bem-vinda
No tempo e especialmente este ano,

Ano de seca que pressagia mau tempo.
Cristo traz chuva e nela pouca tempestade,
Para sentir-mos prazer no nosso tempo,
 Água e alimento em boa quantidade.

Os três réis magos, Melchior, Gaspar, Baltasar,
Enviaram mensagem a dizer que vêm a caminho,
À luz da estrela chegarão cedinho

Ao casebre de onde estão José ao lado
De Maria e do berço de palha acolchoado
 Que a vinte cinco vai ter o Menino no lugar.

XIV

 Que a vinte cinco vai ter o Menino no lugar,
Tudo encaminhando pró Natal
Pelo mundo e também em Portugal,
Tudo a compor, pois, Jesus está em todo lugar.

Todos hão-de ter um presente por instinto,
Poema que escrevo em letra serena,
Não porque é Natal, mas, porque o sinto
De alma e coração e em cor morena.

Divino o que tenho à mão, certamente
 Romã, de uma era de toda a semente,
Que vou articulando uma a uma para dar

À quadra natalícia o dom de amar
De alma e coração tal meu sentimento.
Grata sou por ter no caminho tão belo momento.

XV

Grata sou por ter no caminho tão belo momento
Que me navega por mares jamais pensados
E traz outras histórias do acontecimento
Memorável e gente de mundos desejados.

Assim escrevo de vós e para vós a canção 
"Natal", que reinará em todos os lares,
Brindando a um ano novo de ascensão,
Singela flor - estrela dos amores

Iluminando, o meu/ vosso canto, adorando 
O Menino Jesus que, em manjedoura nasceu,
De sina em cruz, viveu para salvar o mundo.

Ah, poderá haver situação mais trágica, 
(Humilhação/ violência) que a que Deus viveu!
A quadra de Natal é época mágica.

© Ró Mar

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

PRESÉPIOS DA VIDA




PRESÉPIOS DA VIDA 


Eu fiz um belo presépio
Cá muito dentro de mim
Ele não é frio nem tépido
Mas é rubro de carmesim.

Tem um menino trigueiro,
Tem Maria e tem José,
Tem aconchego e braseiro
Com animais ali ao pé.

Três corações que palpitam
P´ los traumas que a vida tem
E os animais que meditam
Naquele Presépio de Belém. 

E há corações tresmalhados 
Nos meandros tristes do mundo,
Quais presépios ficcionados
Com falta de senso profundo. 

Ele há presépios, de facto,
Nos quatro cantos da terra
Bailando em fado abstracto 
Por entre a paz e a guerra.

Presépios de encantos vazios
Sem conteúdo e à deriva
Que não são quentes nem frios
Nem têm norma que sirva. 

Presépios, feitos de aposta
Ao sol, à chuva e ao vento,
Subindo e descendo a encosta
Sem fazer contas ao tempo.

Presépios – rios de sangue – 
De altas e baixas marés,
Vertem pela alma exangue
Um espírito de insensatez. 

Presépios férreos de cor 
Com falta de paciência
Num oxidado torpor 
Sem culpa nem penitência.

Presépios, telhados de vidro,
Estilhaços de presunção,
Passos de um cego perdido
Em busca de orientação. 

Presépios em desmazelo
Com selvas em toda a volta,
Ervas daninhas e gelo,
Com turvas águas à solta. 

Presépios feitos de ócios
E sermões encomendados,
Cordas de forca-negócios
De penhoras e mercados. 

Presépios de fogo-vadio
Sem destino ou intenção
Que não aguentam feitio
Muito menos sujeição.

Presépios sem temperança,
Tão doces como amargos,
À sombra de birras-criança
Sem projectos nem encargos. 

Presépios sem rumo certo,
Nem uma estrela brilhante,
Travessia de um deserto
Sem colorido ou cambiante. 

Presépios de fim-de-festa
Portas fictícias de Natal
No fundo ninguém contesta
Porque já é tão natural… 

Há mais “presépios da vida”
Que não têm Vida, porém,
São panaceia acrescida
E não enriquecem ninguém!

Frassino Machado
In ODIRONIAS

terça-feira, 14 de novembro de 2017

RENOVAR O MODO DE VIDA


Imagem - SAi$ONS 


RENOVAR O MODO DE VIDA


Agitam-se as vontades através da tempestade 
De um outono tumultuoso de pouco vento,
Pouca chuva, muito seco e sem dó, nem piedade
E esta nossa estação medra a verdade do momento.

Verdade que espanta os pardacentos trigais
De um campo devassado e adorna as pedras,
Empilhadas (em prol de inovadora cidade), em floridos arrais
De muita monta que remonta ao tempo das esperas.

Agitam-se as colinas através da intrusa velocidade
De uma avassaladora locomotora, paranormal,
E o céu bebe o ocre outono e transparece a realidade
Que tem ar de querer gente de bem, simples e normal.

Gente de bem, simples e normal que labute pela vida,
Que o outono tumultuoso levou em seu regaço,
E agora, que o tempo é a favor e há mais espaço,
Não dê outra razão a não ser renovar o modo de vida.

© Ró Mar

VIELAS DE ESPERANÇA !!!...




" VIELAS DE ESPERANÇA !!!..."


Cai a noite na viela;
Surge um rosto... na janela,
P´la vidraça partida!...
Será um velho ou criança,
Desilusão ou esperança;
Ou dois sentidos de vida!...

Rostos perdidos no escuro;
Marcados com traço duro,
Com cinzel de amargura!...
Seus olhos tristes vazios,
Como aço duro,... frios;
Almas, que algo tortura!...

Olhos tristes sem expressão;
Retratando um coração,
Que sofre em silencio e chora!...
Viela escura... escondida,
Onde a fome e miséria é vida,
E a desgraça... sempre mora!...

Viela triste... abandonada;
Uma ténue luz apagada...
Algo esperando p´la morte!...
A esperança porém existe;
Com fé e força resiste,
Esperando um sopro de sorte!...

António J. A. Cláudio