A PAIXÃO DO PLANETA
“Páscoa 01, 2015”
Em cada hora, em cada dia e em cada ano,
Alguns milhares de séculos ultrapassados,
Nem todo o corpo nem toda a mente associados
Lograram desfazer o triste vício humano.
Travado o vil combate entre o fogo e a razão,
Que de longe tem sido sempre uma constante,
O ódio sobre a alma tornou-se triunfante
Permitindo riscar plenamente o coração.
Alguns milhares de séculos ultrapassados,
Nem todo o corpo nem toda a mente associados
Lograram desfazer o triste vício humano.
Travado o vil combate entre o fogo e a razão,
Que de longe tem sido sempre uma constante,
O ódio sobre a alma tornou-se triunfante
Permitindo riscar plenamente o coração.
De nada servirão os elos da cultura
De nada valerão as lágrimas da dor
E o halo do poder fez-se exterminador
Cabendo ao homem toda a cruz da desventura.
A fome, a peste e a guerra provam a vendeta
No logos da palavra, nascida envenenada,
Que deixa a própria lei despida e algemada
Anunciando a paixão deste pobre Planeta.
De nada valerão as lágrimas da dor
E o halo do poder fez-se exterminador
Cabendo ao homem toda a cruz da desventura.
A fome, a peste e a guerra provam a vendeta
No logos da palavra, nascida envenenada,
Que deixa a própria lei despida e algemada
Anunciando a paixão deste pobre Planeta.
Ó Tu, Jerusalém terrestre, chora e grita,
Afasta do teu ventre a vaidade e a cobiça
E rasgando essa máscara que te enfeitiça
Revela, finalmente, onde é que a Paz habita!
Afasta do teu ventre a vaidade e a cobiça
E rasgando essa máscara que te enfeitiça
Revela, finalmente, onde é que a Paz habita!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA