sexta-feira, 29 de abril de 2016

O TEU SORRISO...


Imagem - Divergent 


O teu sorriso…


Quando olho para ti
Dá-me vontade de rir
Porque em teu olhar senti
Que é esse o teu porvir
Gostas de rir à vontade
De mostrar tua alegria
Do teu olhar sinto saudade
É a beleza do meu dia
Dá-me, pois, o teu sorriso
Esse sorriso franco e puro
Que de o ver eu perco o siso
No teu Sol eu o esconjuro
Esconjuro por muito gostar
E ser raro eu o ver
É um sorriso de se amar
Que me dá muito prazer
Vejo essa boca escancarada
Num sorriso fenomenal
Dou-te um beijo ó minha amada
Um beijo de tão carnal
Afloro desta maneira
O meu beijo nos teus lábios
O sorriso é uma asneira
Para uns lábios de tão sábios
Dá-me um beijo bem gostoso
Desses lábios que me desafiam
Nesse corpo tão airoso
Dou meus beijos, não se riam

Armindo Loureiro

quinta-feira, 28 de abril de 2016

SORRISO NUM OCEANO DE DOR




SORRISO NUM OCEANO DE DOR 


“No Dia Mundial do Sorriso”


No sorriso diário do sol há um calor
Que ao brilhar ilumina e aquece a Natureza
Mas num sorrir humano há sempre uma tristeza
Que se reveste de um amplo oceano de dor.

Se no brilhar do sol se alegra cada a flor
Enriquecendo-a de uma singular beleza
No brilho de um sorrir habita uma incerteza
Que toda a vida em si coloca em desamor.

Qualquer sorriso, no fundo, traz uma esperança,
Até mesmo em quem vive só por entre gente,
E na hora da amargura que toda a alma sente
Desliza em rio de lágrimas um rosto de criança.

Há, porém, um sorriso que paira cada dia
Perante o qual todo o mal do mundo perpassa
É aquele que toda a gente usa com ou sem graça
Que dos lábios transcorre repleto de ironia.

Sorriso de ironia, sorriso de azedume
P´ la dor do mundo que arde mesmo sem ter lume!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

VIVA O SORRISO




VIVA O SORRISO


( Dia Do Sorriso )


Mostrar
Meu sorriso eu quero
Quero sorrir
Espero poder conseguir.
Tiraram-me o meu sorriso
Mas eu quero sorrir
Porquê?
Porque sorrir é preciso
Quero voltar a sorrir
Quero sentir alegria
De um sorrir de magia
Essa que me foi roubada
E que me senti
Sem sorriso e condenada
E como dizia o poeta
Tudo val a pena
Quando a alma não é pequena
E eu quero o meu sorrir
Esse sorrir
Que há muito me abandonou
Mas hoje
Numa simples palavra me encontrou
Hoje vou sorrindo,
Mas com um sorriso, que muito mudou

Joana R. Rodrigues 


SORRISO



SORRISO


Sorriso o ato espontâneo,
Expressão afável que abre ao horizonte;
Debuxo que desencadeia simultâneo
Desejo: beijo da lua ao pôr do sol;
Olhar de luz, rosto resplandecente,
Abraço de gente que prime toda a fonte;
Plenitude, alma e coração ao arrebol,
Faces uníssonas de um rosa pujante;
Signo de vida, gesto de amizade;
Beleza natural, pronúncia a felicidade.

© RÓ MAR

ESPERANÇA !!!...




" ESPERANÇA !!!..."


Correndo p´lo céu azul ; 
Rumando a norte ou a sul...
Voam pedaços de mim !...
Brancas nuvens de esperança,
Flutuam como uma dança;
P´lo espaço sem fim !...

Seguem sem rumo a viagem,
Onde o destino é miragem;
E o percurso... ilusão !...
Nuvens negras... negras mágoas,
Deixam cair gotas d´água,
Lágrimas... vertidas p´lo coração !...

No ar... ruídos medonhos !...
Fantasmas surgem em sonhos,
Que vou tentando afastar...
Então !!!...
Algo positivo ocorre,
A Esperança volta... não morre,
Como é bom... ter FÉ !...
VIVER !... AMAR !...

António Joaquim Alves Cláudio

SORRISOS DISFARÇADOS



Paula Delgado

quarta-feira, 27 de abril de 2016

LUA TRISTE



Edir Pina de Barros


PAI! FICA SÓ UM POUCO MAIS COMIGO



Ana Carvalhosa


SEIXO SEREI...


Daily Photos - PHOTOGRAPHER Chip Phillips


Seixo serei…


Sou um inerte profundo
Que rola no leito do rio
Na foz eu vejo um mundo
Que me faz eu sentir frio
Sinto frio há que o dizer
No mundo onde eu rolo
Sou inerte sem prazer
Ao rever o mundo a solo
E tu que me vês assim
Diz-me lá se tenho razão
O mundo mente-me a mim
E a ti será que não?
À mundo malfadado
Que vives assim em mim
Deixa-me viver um bocado
Para de ti sentir-me afim
Quero continuar a rolar
No seio do teu leito
E um dia quando parar
Será em ti que eu me deito
Podes crer que me sinto bem
Desde a nascente até à foz
Sou seixo e tu nota bem
Nunca percas a tua voz!
Deixa-me rolar pois, então
Enrola-me no teu desaguar
Pela tua foz tenho paixão
É nela que vejo o meu mar

Armindo Loureiro 


OS SONS DA NATUREZA





OS SONS DA NATUREZA


Tanto pedia que o sol chegasse
Que bom vê-lo a brilhar,
Este dia que depressa não passe
Quero ouvir os pássaros a cantar,

Que bom sentir o aroma da serra
De outro lado o som do mar,
Mas onde estou nesta pequena terra
Ouvindo os pássaros a cantar,
E voando entre o mar e a serra,

As flores vêm beijar,
E nas árvores vão pousando
Estão felizes por o sol nos visitar
E assim me vão encantando,

Se estas palavras tivessem som
Como era lindo ouvir a natureza
Cantando em lindo tom
Tantas cores, e tanta beleza,

Joana R. Rodrigues


O CAIS DE GAIA


Foto: Cais de Vila Nova de Gaia - Porto


O CAIS DE GAIA


Caminho pelo cais de Gaia
Olhando fixamente a outra margem
Tento visualizar ao longe uma catraia
Nadando no rio com muita coragem

O rio está muito calmo sem corrente
Os barcos rebelo flutuam tranquilamente
Oiço as gaivotas que voam calmamente
Os restaurantes vão se enchendo de gente 

Os turistas enchem a caves do vinho do Porto 
Na Ribeira vejo uma feira de artesanato
Um bêbedo caminha pela rua muito torto
Estaciona o carro um elegante senhor de fato

Ao fundo sobressai uma imponente ponte de metal
Surgindo como um elo de ligação das duas margens
Não conheço no mundo uma paisagem assim igual
De tão rara beleza parecendo autênticas miragens 

O rio Douro serpenteando por entre estas duas cidades
Decorado com barcos de todos os tipos e de cores variadas
A todos os turistas deixa muitas mesmo muitas saudades 
Tornando-se numa das rotas turísticas mais desejadas 

Paulo Gomes

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 DE ABRIL



Sophia de Mello Breyner Andresen

LIBERDADE




LIBERDADE


que os cravos não murchem na lapela
que a madrugada de Abril
não morra pelo caminho
na inércia da passividade

que os cravos se ergam bem alto
perfumem a terra e o céu
que uníssono seja o enlace de mãos
de um povo que sabe o que quer!

gritemos aos ventos contrários
até que a voz nos doa
a força e dignidade de ser português
aclamemos nosso amor pla Liberdade

C.C. - Cristina Correia

ABRIL




ABRIL


Abril é mês de flores, de Primavera!
Paira no ar das gentes felicidade,
Tem um sabor à doce liberdade,
Que já foi n’opressão, uma quimera…

Abril abriu prisões, falou verdade!
Abriu na escuridão uma cratera,
De onde saiu a luz da nova era,
Era de paz, amor, fraternidade!

Abril é um sorriso de criança!
É um cravo vermelho na lembrança,
Dum povo que não esquece o que sofreu…

Abril é, à medida que se avança, 
Uma luta constante que não cansa,
Porque, garante o povo, Abril é seu!...

José Manuel Cabrita Neves

SONHOS DE ABRIL...




SONHOS DE ABRIL...


Há sonhos que tenho em mim
Neste futuro de liberdade
De os denunciar estou afim
De abril tenho saudade
Os militares tudo fizeram
Para o país ser diferente
Mas os homens não o quiseram
E amordaçaram a nossa gente
Homens que não os de H grande
Mas apenas e só a canalhada
Há recados que lhes mande
Onde digo que não valem nada
Saíram das Universidades
Enfaixaram-se no poder
Fizeram tantas barbaridades
Por da vida nada saber
Por isso haja abril
Um abril com esperança
Em que a liberdade seja mil
Nas vezes que cada um alcança
Não me retirem a alegria
De neste país eu viver
E com outros ver a magia
Desse abril a renascer
Seja, pois, sempre abril
O fruto da liberdade
E que todo o homem que é vil
Seja banido desta sociedade
Por abril e pela liberdade
Neste sonho que tenho em mim
Que todos tenham a dignidade
De viver abril por fim…

Armindo Loureiro 

POR ENTRE A RAIVA E O MEDO




POR ENTRE A RAIVA E O MEDO 


“Quo vadis Abril?”


Alguém viu Abril nascer?
Alguém viu Abril passar?
E se um dia Abril morrer
Quem irá outro Abril cantar?

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

Ainda se fala em Abril,
Do frágil Abril que há
E num arroubo viril
O Abril, quem sabe virá.

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

O Abril passa nas ruas
Ainda ostenta energia
Para dar às almas nuas
Algum ar de fantasia.

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

Abril baixou à escola
Deixou a marca e memória
Em pétalas de papoila
Que nunca fazem história.

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

Abril nasceu com o povo
E cresceu entre emoções,
Se não houver Abril de novo
Quem abrirá corações?

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

Quem tem raiva a quem? Alguém
E de quem Abril terá medo?
De quem, não sendo ninguém, 
Sempre dele fez enredo…

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

A máscara há-de ficar,
Com dó ou com piedade,
Até que se possa rasgar
O resto da liberdade.

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

Alguém viu Abril nascer?
Alguém viu Abril passar?
E se um dia Abril morrer
Quem irá outro Abril cantar?

Por entre a raiva e o medo
Alguém cantará em segredo!

Frassino Machado

In CANTARES DE ABRIL

ABRIL, DO TEU LEMA ADOLESCER FAZ MOTE




ABRIL, DO TEU LEMA ADOLESCER FAZ MOTE


Abril que perfumaste de anil tão palavras a liberdade
E cativastes à terra cristais verde esperança, tonalidade 
Que solidificou os múltiplos olhos encharcados de lágrimas
Que provieram de chuvas tão poluídas, teias cardadas à pressão.

Abril, que na semente à mudança pelo cravo de mão em mão,
Teu regaço viu a mão da força que tem uma nação, que teima crescer;
Cantavas de garganta tão afinada Grândola Vila Morena
E o povo que tão aplaudia, mocidade de se ver. 

Abril, que quarentão de tantas almas…
Estreito coração que sangra à justiça e à liberdade
Na nitidez de quem sabe que não é mais criança
E sapiente, pois a idade ainda permite, grita à liberdade.

Adolescer é o teu lema e serás amanhecer…
Nas mãos de tantas outras crianças; alvas de esperança
Nascerão, não num cravo qualquer, um cravo de cativeiro, 
Cultivado em viveiro pelas mãos sábias de jardineiro.

Abril, que teus anos doirados transcrevem pelas ruas a euforia,
O que vês!? Um sisudo corrimão, muita gritaria…
Passadeira vermelha e tão tresloucada multidão,
Que nem sabe olhar ao tempo outrora!

Abril sai a rua, diz aos netos que vida é agora
Da vida que ainda há em ti semeia o dia em boa hora;
Segue enquanto ainda é tempo, não há outra volta,
Nem mui cedo, nem tarde, em mui boa hora.

Abril corre pelas ruas e ensina o tão cantar liberdade
Sem temer que te cobrem pela identidade;
O teu nome é alvorada que pela teia tece verdade
E as ruas são crus panos que ensejam à mocidade.

Abril, que não tropeces pelo caminho, vai pela rua serena,
Livra-te das chuvas miudinhas, molham;
Livra-te a sonsos olhares, têm oco coração,
Outra versão; Segue… o povo está ao teu lado.

Abril, do teu lema adolescer faz mote… 
Compõe uma nova letra, que cantarás de camarote;
Segue o sonho… o povo está do teu lado,
Nem mui cedo, nem tarde, em mui boa hora.

© RÓ MAR

A LIBERDADE




A LIBERDADE


Onde vives Liberdade
Que os povos gritam por ti
Os poetas de ti tem saudade
Escrevendo sem parar ali e aqui

Lírios ou cravos vermelhos não importa
Imaginação aos poetas não falta
Belas vozes cantam de porta em porta
Em coro fazendo cantar toda a malta

Revolução o desejo de terminar as ditaduras

Dar esperança a um futuro com alegria
Aspirando ter uma vida com igualdade
Destruir todo o mal no mundo como magia
E gritar em todos os corações Liberdade

Liberdade para o poeta que é escritor 
Que é livre de escrever o que quiser
Escrever livremente poemas de Amor
Com a inspiração que a sua musa lhe der

Paulo Gomes

LIBERDADE




Liberdade


Pintei de rubro os cravos de um amor
num país adormecido ao som de uma saudade
de uma guitarra que gemia chorando solidão!
Abri a porta à ilusão e dela saiu o cravo mais rubro
do jardim enfeitando as armas as vontades de mudança
em vidas apagadas na esperança!
A rádio tocava música que tão poucos entendiam
Mas sentiam os tempos de mudança!
Um grito! Viva a Liberdade!
O hino de um “Adeus“ Perdido em nostalgia!
As ruas em delírios torrentes de um rio sinuoso
Em mãos rubras de ventos enfeitaram armas
Em cravos fulgentes!
Beijos e abraços ecoaram num sorriso de Abril
E armas sentidas deram forças às vidas
Que nelas plantaram cravos em vez de balas
E num chão sagrado o povo pintou a tela
De um país em flor!
Tolerância grita o povo em liberdade numa
Fraternidade de ser País numa verdade!
Meu País de cravos rubros onde chegou o teu sentir
O momento é de partir!
Chora a tristeza a pobreza num lamento
Onde o tempo se faz tarde!
E num sopro de ansiedade recordamos
O grito da liberdade!

  Teresa/Teixeira/Zinha

É PRECISO RENASCER




"É PRECISO RENASCER"


Se a tua vida já perdeu vigor,
se as forças em teu corpo se quebraram,
se vives tão somente para a dor
e sentes que os teus sonhos se acabaram.

Se não tens mais sorrisos, como a flor
que abandonou as folhas que murcharam,
se tudo se tornou de negra cor
e todos por sinal te abandonaram.

Precisas renascer, ganhar coragem,
não esqueças que esta vida é só passagem
e tudo será Sol de pouca dura.

Renasce, porque um homem renascido
olhando para o céu não está perdido,
com Deus toda a ferida se sutura.

Abílio Ferradeira de Brito

A REVOLUÇÃO 3 DÊS




A REVOLUÇÃO 3 DÊS 


Foi você que falou em Revolução,
Foi você que falou em Fraternidade,
Foi você que falou em Igualdade,
Que falou em Liberdade, foi ou não?

Como é que estamos em Descolonização,
Quando ela própria é uma ambiguidade,
Pois que a Europa nos tirou a liberdade
Estando colonizada toda a Nação?

Como é que estamos de Democracia
Com todos os direitos, ditos assegurados
Mas que apenas sabemos mascarados,
Por não terem em si justa garantia?

Como é que estamos de Desenvolvimento,
Progresso de-vento-em-popa para as elites
E uma tristeza de alma sem limites…
Pra não falar do povo à míngua e ao vento?

Revolução, assim Não, muito obrigado:
Arreda Satanás, fora a corrupção!
- Queremos a Liberdade e a Razão,
E nunca os “cravos murchos” deste fado!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

EU FUI O SONHO




EU FUI O SONHO


Eu fui a ave desbravando o espaço,
Eu fui o grito ecoando ao vento,
Eu fui o mar sereno e o violento,
Eu fui o beijo, o afago e o abraço!

Eu fui a eternidade e o momento,
Eu fui a caminhada passo a passo,
Eu fui a resistência e o cansaço,
Eu fui o desalento e o alento…

Eu fui a meta e ponto de partida,
Eu fui a paz e a raiva enfurecida,
Eu fui o horizonte da verdade!

Eu fui o amanhã da ilusão,
Eu fui o sonho desta geração,
Eu fui Democracia e Liberdade!...

José Manuel Cabrita Neves

ABRIL


Imagem- Beautiful world. Nature, love, art.


ABRIL


Abril que pregas liberdade aos Ventos,
Aromatizas vermelhos, sangue que há 
Nas guelras do povo, deixai crescer por cá
As tulipas, vísceras de sentimentos.

Ser e escutar o cantar dos rouxinóis 
Nas asas melodiosas da Paz, a verde
Pátria do coração, mera plenitude 
Aos doirados campestres de que sóis.

Crescei-vos nos trigais da Primavera
Pelas mãos das águas de Abril
E pelo vislumbre do Sol da quimera.

Multiplicai-vos pelo eco do progresso 
Em séries florais de ternura e bonança
Ávidos pedaços de juvenil ingresso.

© RÓ MAR

LISBOA




LISBOA


Lisboa, imponente cidade
Com cheiro forte a maresia
Rainha do fado e da saudade
Com arraiais e muita alegria

Lisboa, cidade multi cultural
Com uma gastronomia sem igual
És única com as sete colinas
Onde de manha se ouvem os ardinas 

O Tejo dá-te uma beleza rara
Com um estuário inigualável 
Não és a cidade do mundo mais cara
Mas a que tem o povo mais amigável 

Foste á muito a única eleita
Para ser a nossa linda capital
O nosso povo te admira e respeita
Porque és o orgulho de Portugal

Da torre de Belém partiram marinheiros
Com o coração cheio de saudade 
E fomos nas tuas ruas os primeiros
A cantar em Abril os hinos á liberdade

Lisboa, és a mais bonita cidade
Com avenidas imponentes sem igual
Todos os Imigrantes de ti têm saudade
És a nossa capital o símbolo de Portugal

Paulo Gomes

25 DE ABRIL DIA DA LIBERDADE



Paula Delgado


domingo, 24 de abril de 2016

ABRIL, O MÊS DOS CRAVOS




ABRIL, O MÊS DOS CRAVOS 


Abril, Abril, cravos mil
Num Abril claro e nublado,
Nasceu o Abril primaveril
De horizonte engalanado.

Esperança multifacetada
De franca energia viril
Fez brotar da madrugada
Abril, Abril, cravos mil.

Mês de encantos e de cores
Qual romance apaladado 
De mil matizes e valores
Num Abril claro e nublado.

Os cravos não têm espinhos
Como os da rosa juvenil
Mas com brilho e pergaminhos
Nasceu o Abril primaveril.

O cravo tornou-se povo
Num sonho apaixonado,
Haverá um Abril de novo
De horizonte engalanado?

Há meses por todo o ano,
Cada um a sua quimera,
Mas este Abril soberano
É um coração-primavera.

Em Abril há sempre cravos,
Com bailados de emoções
Sublimam-se ideais bravos
Com magníficas canções.

Que seja Abril hospedeiro
Para gente que vem de fora
Dando imagem a tempo inteiro
De uma terra acolhedora.

Não mascaremos Abril,
Ele tem a beleza natural,
Que a tradição fez gentil
De norte a sul em Portugal.

Há forças da natureza
Que todo o Abril contém
Mas a principal riqueza
É a alma que o povo tem!

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

ÍNVIO DESTINO




ÍNVIO DESTINO


Antes de saber ler, contar, escrever,
Quando ainda projecto de uma vida,
Olhava à minha volta a perceber,
A humanidade um túnel sem saída…

A incompreensão me amordaçava,
Não me deixando ser bondoso e justo
Tal qual o coração me ordenava,
E contra a qual ainda barafusto!

Talvez seja condão, ínvio destino,
Ter de sentir a dor e o sofrimento;
Ser pela paz no mundo, peregrino
E não ter paz em mim um só momento…

Ser da palavra amor o mensageiro,
Instigador no palco da razão…
Nesta forma de dar meu corpo inteiro,
Como se eu fosse apenas coração!...

Às vezes penso ouvir-me no deserto,
Onde ninguém me ouve nem me lê,
Os gritos lancinantes que liberto,
Como que a perguntar: porque? porquê?

Responde-me o silêncio surdo e mudo,
Orgulhoso que pensa saber tudo
Mas na torpe ignorância se revê!...

José Manuel Cabrita Neves


TRÊS PALAVRAS, TRÊS BANDEIRAS




TRÊS PALAVRAS, TRÊS BANDEIRAS 


Três palavras, três bandeiras
São armas de humanidade
Três tarefas companheiras:
Paz, amor e liberdade.

São projectos inadiáveis
Para as vidas verdadeiras
Genuínas e admiráveis:
Três palavras, três bandeiras.

Três opções por natureza
Revestidas de qualidade
Pelo sonho e p´ la grandeza
São armas de humanidade.

São paixão, são fantasia
E de vida mensageiras,
São nos homens d´ energia
Três tarefas companheiras.

Duras lutas e emoções,
Ameaças de tempestade,
São p´ la marca dos corações
Paz, amor e liberdade.

Com desígnios e horizontes
De conteúdo e consistência
Trazem com´ a água das fontes
Cidadania de excelência.

Três palavras, três baluartes
Com prestígio e pundonor,
O mais virtuoso dos combates
Que faz do homem um condor!

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

AVENIDA DA LIBERDADE


Foto: Avenida da Liberdade - Lisboa (antiga) - Portugal


AVENIDA DA LIBERDADE


Caminho lentamente pela Avenida da Liberdade
Na calçada portuguesa que é única e imortal
Os desenhos das caravelas trazem a saudade
Dos descobrimentos da grandeza de Portugal

Sinto a frescura das frondosas árvores refrescantes
Um cheiro único que nos transmite muita tranquilidade
Os edifícios antigos que a ladeiam são impressionantes
Com as lojas das marcas mais importantes de qualidade

No início encontro um estreito lago com uma cascata
Com a estátua de Neptuno como seu guardião 
Um senhor com um violino entoa uma linda serenata
Deixando no ar um misto de alegria e paixão 

Ao centro um monumento dedicado á grande guerra
Com lindas esculturas esculpidas ao pormenor 
Mostrando com orgulho o significado que encerra
A nossa valentia, a coragem mas também a dor

Ao fundo desta avenida encontro o Marquês de Pombal
Com uma figura imponente acompanhado de um leão 
Foi o autor desta linda obra de arte sensacional
Admirar esta imponente avenida é hoje a sua missão 

Termino no parque Eduardo Sétimo com o lindo jardim
Respiro fundo admirando esta paisagem sem igual
A minha longa caminhada com tristeza chega ao fim
Esta é sem duvida a Avenida mais bonita de Portugal

Paulo Gomes

O SOL BRILHA




"O SOL BRILHA"


Sempre que o Sol brilhar na nossa vida,
a esperança se acende no seu jeito,
de forma tão premente e discernida
que o coração se agita no seu leito.
 
Sempre que o Sol brilhar, nova investida
que faz acreditar neste conceito,
que é ele que traz a vida guarnecida,
temos que lhe render divino preito.
 
O Sol nosso astro rei, é criador,
tão grande na verdade é seu amor,
sem ele toda a vida morreria.
 
É ele que nos aquece e nos anima,
com a luz que nos abraça lá de cima
e faz nascer em nós farta alegria.
 
Abílio Ferradeira de Brito


sábado, 23 de abril de 2016

SALVAR O PLANETA




SALVAR O PLANETA


(DIA DA TERRA)


Hoje o dia da terra
Porque não! todos os dias,
Já temos tanto quem a destrua
Tantos são os malefícios,
Que prolifera
Começando pela guerra
Gazes na atmosfera,
Um planeta que já pouco impera
Porque nós os humanos
Temos estragado parte dela,
Árvores que nos fornecem o oxigénio
Queimadas desesperadamente
Por quem alguém de mau génio
Ou inconscientemente,
Nos rouba esse oxigénio
A terra que tanto tem para nos dar
Se a soubesse-mos estimar
Em vez de outros planetas procurar
Seria tão bom poder,
Sentir a beleza e respirar
O que a Natureza tem de bom para nos dar,
A água fonte de vida
Nas nascentes da terra já destruída,
Vamos salvar a terra,
Para que seja no futuro, uma terra protegida.

Joana R. Rodrigues

sexta-feira, 22 de abril de 2016

UMA ÁRVORE PELA FLORESTA


Foto: Esfera CTT


UMA ÁRVORE PELA FLORESTA


Dado o sucesso da iniciativa, a QUERCUS e os CTT prolongarão a campanha “Uma Árvore pela Floresta” até ao final do mês de Novembro de 2015. 

Os CTT e a Associação Quercus desenvolvem, pelo segundo ano consecutivo, a parceria “Uma Árvore pela Floresta” com o objetivo de florestar com espécies autóctones algumas das zonas do nosso País mais afetadas pelos incêndios. Para tal, estão disponíveis os kits “Uma Árvore pela Floresta” nas lojas CTT até 31 de Outubro, em que cada vale comprado irá corresponder à plantação de uma árvore pela Quercus em áreas classificadas do Norte e Centro de Portugal.

QUE SEJAMOS, CÍVICOS AO HABITAT, SINTONIA




QUE SEJAMOS, 

CÍVICOS AO HABITAT, SINTONIA


O que realmente importa é preservarmos 
E amarmos tudo o que nos mantém seres vivos;
É pensarmos em cuidar mais, do que imaginamos,
O que há no planeta terra, evitando perigos.

O que realmente importa são atitudes
E culturas, baseadas na defesa e projeção
De medidas que implementem virtudes,
Que preservem e cultivem nosso coração.

O que realmente importa não é o dia geómetra,
Entre povos em torno de necessidades do planeta,
Muito mais que isso, é preciso ser mais que poeta,
E escrever em mãos à terra toda a boa letra.

O que realmente importa não é o que está por fazer,
Ou por cumprir, mas sim, vontade que temos de ser
Parte da natureza, de respirar ar puro,
A vida que não devemos pôr em apuro.

O que realmente importa não é o ego ser,
Ou palavras promissoras para parecer,
Mas sim, o epicentro de um salutar planeta,
O orgulho da natureza - mãe que nos completa.

O que realmente importa urge dia a dia,
Em nós, atos singelos, não saturados,
Pois, o planeta sofre demais de ares malvados;
Que sejamos, cívicos ao habitat, sintonia.

© RÓ MAR

CANÇÃO DA TERRA




CANÇÃO DA TERRA 


“No Dia Mundial da Terra”


Canção da terra
Venho trovar
Ao sol nascer,
Saudade austera
Eu quero guardar
Num só viver.

Canção da terra
Terra de todos
Em pleno Bem,
Acabe a guerra
Afecto a rodos
Em terra-Mãe.

De manhã cedo
Mãos ao arado
Para lavrar,
Não tenho medo
Vou co´ o meu gado
O pão semear.

Mesmo de chuva
E cesta na mão
Vou pra vindima,
Eu colho a uva
Comendo o pão
Com mel em cima.

Tocam os sinos
Ave-marias
Na torre d´ igreja,
Penso os destinos
E as tropelias
Q´ ninguém deseja.

No horizonte
Dança a boieira
Para entreter,
Passo na fonte
O grão na eira
Vou recolher.

Já não há sol
E a brisa espanta
Em vez do vento,
E o rouxinol
Já pouco canta
Pra meu lamento.

Canção da terra
Canção da paz
E de embalar,
Na minha guerra
Desde rapaz
Sempre a cantar.

Dia da Terra
Terra sagrada
Q´ é minha e tua,
Luta na berra
Incendiada
Em cada rua.

Verde Planeta
Sonho de esp´ rança 
Logo no berço, 
E tu, ó poeta,
Teu grito lança
Em cada verso!

Frassino Machado
In CANÇÃO DA TERRA

PARA TI TERRA, QUE TUDO ME DÁS...


Imagem - Rêv-éveillée


Para ti terra, que tudo me dás…


Piso teu chão com alegria
Mas sem sequer te pisar
Gosto-te na tua grande magia
Tu és terra do meu amar

De ti tudo o procurei
Durante toda a minha vida
Deste-me tudo quanto eu sei
Tu terra, tu és uma querida

Há quem julgue que vem do céu
Tudo aquilo que tu nos dás
Trabalhado o que é teu
Em ti o fruto o colherás

E é nessa bela colheita
Que é preciso despertar
Dizer às gentes que o aceita
Tu és tudo o que se deve amar

Armindo Loureiro