ANO 2020 / 2021





© Isilda Monteiro | 2020 / 2021




QUE HAJA BOM NOVO ANO

(DOIS MIL E VINTE E UM)!


Enfim, Dois mil e vinte
Está a acabar e nenhum
Dia se quer pró seguinte
(Dois mil e vinte e um)!

Neste ano tão atípico
(Dois mil e vinte) não houve
Páscoa e até o típico
Natal se cortou à couve!

Que haja coragem pra amar
Esta passagem de ano
Diferente! É de celebrar,
Ante as onze cai o pano!

Então, cerram as janelas
E do frio que tão se sente
Voltam-se a acender as velas
Orando pelo presente!

Embora virtual, os Reis
Dão alento a esta vida,
Pão e bolo que devireis
Em Janeiras de despedida!

Que haja fé pra renascer,
Ainda que não vivamos
O Carnaval, há que crer
Na Páscoa que sonhámos!

E abril é pra festejar,
A primavera há de vir
E em maio vamos cantar
P´las ruas vida a florir!

O ano é para viver
Os dias com alegria
E em cada reconhecer
O Natal em família!

Que haja saúde pra avançar
E liberdade pra ser,
Pois, vontade de deambular
Temos em nós a crescer!

Paz e cooperativismo
É o que mais precisamos
E com todo o civismo
A bonança alcançamos!

Que haja Bom Novo Ano
(Dois mil e vinte e um)
Com espirito humano,
Saudando o universo comum!

© Ró Mar | 2020 / 2021




«FAMILIA AMORIS LAETITIA», Papa Francisco


– No Dia da Sagrada Família –


Francisco, feito pastor, remexe na ferida
De um Mundo causticado em tempos de hoje…
Será voz que clama no deserto – toca e foge
Qual borboleta inquieta, frágil e transida?

Familia Amoris Laetitia, rua sem saída…
Mas com insofismável e resiliente arrojo,
Que o Mundo, à falsa-fé, qual banal despojo,
Agrilhoa-se em fogo co´ alma pervertida…

Da família, do amor e da alegria, é a hora
Em que um alerta vivo se deve proclamar,
Já que este pobre Mundo é barco a navegar
Sem fiel horizonte, num caos que o devora.

Família, qual fermento fulcral da Humanidade
Que precisa do sal do amor para levedar,
Temperada na alegria, qu´ importa acrescentar,
Dará ao pão da vida a justa qualidade.

A “Exortação”, no ano dois mil e vinte e um
Na aurora do glorioso Dia de São José,
Terá, ao espelho da «Família de Nazaré»
O lema ideal… e não carece de mais nenhum!

© Frassino Machado | 2020 / 2021

In JANELAS DA ALMA




ANO NOVO


Dias, agora tantos,
Pra meditar e fazer
Aquilo que se anseia
E espera acontecer!

Prantos! -Não vale mais a pena.
"Sai de cena ano velho!"
Leva o que dou pra teu conselho:

Mágoas, lágrimas e amargura
Que seja pouco o tempo que duram.
Paupérrimas sejam as névoas
Que nos meus olhos povoam...
Desfiguram.

Que haja arcaboiço para as coisas bonitas,
Que possam ser sempre ditas!
"Pois loas leva-as o vento...
Nódoas de mau comportamento"
Que saiam pois de cena!

Que seja plena a bonança,
De esperança e contentamento.

Que o advento venha depressa
Nestes vindouros tesouros:
Horas, minutos e segundos,
Fecundos dias sem que alguém impeça!

© RAADOMINGOS | 2020 / 2021




O ANO QUE ORA COMEÇA


Vesti minha alma de sedas e cores
P'ra receber o ano que ora começa... 
Do teu jardim colhi bonitas flores
E no coração plantei as sem pressa...

À terra lancei com tal esperança
Sementes de amor, saúde e paz... 
Sorrisos e sonhos feito criança
Tal como nesta eterna prece jaz...

No peito guardo como no sacrário 
As contas com que desliza o rosário
Tais valiosas relíquias sagradas...

O coração coitado palpitando,
A lágrima vertida ora jorrando...
O amor nas palavras silenciadas...

© Helena M. Martins | 2020 / 2021



© Lúcia Ribeiro | 2020 / 2021




REI MORTO, REI POSTO


“Trovas do Fim de Ano”


Eu quero estas Trovas cantar
Frente a frente ao meu espelho
Pela partida do Ano Velho
Que já está quase a terminar.

Durou bastante o Velho Ano
Sem jamais encontrar renovo,
Ao vinho velho segue o novo
Que correrá p´ lo mesmo cano.

Nem tudo chegou a rigor
Nos doze meses ao desafio,
A água que correu no rio
Arrastou-se de mal a pior.

Houve esfomeados d´ esperança
Andou tudo muito às avessas,
O que aflorou não teve pressas
Tanto em adulto com´ em criança.

Não se viram rostos a sorrir
Nem houve bocas a cantar
Mas, tantos, em andarilhar
De mão estendida a carpir.

Os ricos, cada vez mais ricos
Com dinheiro até derreter,
A justiça, não deu para ver,
E pobres leis deram fanicos.

Os pobres, cada vez mais pobres
E a cada hora muitos mais;
Não há governos nem arrais
Sem que haja princípios nobres.

Os pais confundem os seus filhos
Pelos exemplos que lhes dão,
Os filhos são aquilo que são
Garroteados de empecilhos.

A Escola? Não tem remédio já,
Sem bom professor e bom mestre
Nunca há ensino que preste
Nem há certezas no amanhã.

Se há emprego é com´ aspirina,
E o patronato já é de sobra
Sem investimento e sem obra
Mas com “bons negócios da China”.

A Terra ninguém a trabalha.
Se alguém o faz tem sortilégio…
Um bom sustento é privilégio,
E, quanto à sorte, Deus-nos-valha.

O senhor Prior é o que se vê,
De mão estendida para a esmola;
E o bom povo bem s´ esfola
Enquanto ele olha para a TV.

Já mal se ajeita com a missa
E até despreza o breviário,
Como Prior, anda ao contrário
Com a alma muito enfermiça.

Entende-se bem co´ o regedor
E tem-no sempre nas palminhas,
O povo, esse, que vá prás alminhas
Cantando as loas ao Senhor.

A Fé não se vê quem a tenha
Dentro da igreja ou da capela,
Ninguém tem necessidade dela
Nem há mal que daí lhe venha.

Quanto à aldeia, um ar que lhe deu
Co´ os seus fiscais sempre na ordem
Mas, todavia, eles pouco já podem
E, quando o podem, “dá cá o meu”.

Empreendimentos pantomineiros,
No hipermercado ou na feira,
Vigaristas sem eira nem beira
E oportunistas arruaceiros.

Ninguém dá a cara nas desgraças,
Sobra o Covid e a insegurança,
Não se entende a estranha dança
Dos porquês de certas devassas.

Há sem-vergonhas nos tribunais,
Ministros brincando co´ a tropa;
Sem-abrigos comendo da sopa
Na concorrência co´ os pardais.

Há receitas no Parlamento
Com as sessões mirabolantes,
Sem diretivas como dantes
E co´ um Poder à cata-vento.

Em Belém estaciona o afecto,
Habitam selfies e sorrisos,
E, entre infernos e paraísos,
Sobrevive quem faz de esperto.

O Zé, esse odeia qu´ o tomem
Por caretos ou fantasias,
Mas vai usando “tecnologias”
Para provar que já é homem.

Ninguém arrisca a ficar doente
E muita gente finge saúde;
Há mais farra do que virtude
E… o futuro? É pra semente.

O Ano Velho passa a Novo
Aconteça o qu´ acontecer;
A Sorte é o que Deus quiser
O os sobejos vão para o Povo.

Diz este, e com muita razão:
"Ano Novo, olé, Vida Nova",
Mas é urgente pôr à prova
Toda a genica do coração.
Estas Trovas são o que são…

Tiradas as máscaras do rosto,
Saia Rei morto, fique Rei posto,
Assim é que é… e em Condição!

© Frassino Machado | 2020 / 2021

In TROVAS DO QUOTIDIANO




POETAS DO MUNDO, FELIZ 2021


Poetas, Poetisas, que 2021 nos ajude a retomar nossas actividades.
Que como os trovadores possamos de novo chamar cantigas de amor às composições em que nós poetas exprimimos nossos sentimentos por uma dama, por um cavalheiro, reflectindo em cada verso, em cada poema, a maioria das vezes um amor infeliz, incompreendido e insatisfeito. Perante a “senhora/senhor que amamos. O poeta apaixonado humilha-se, suplica e adora como um vassalo o seu suserano. Frequentemente diz só lhe restar morrer de amor ao aperceber-se da indiferença, frieza e distanciamento do amado/a. Que 2021 nos permita poder cantar de novo os nossos sentimentos aos quatro ventos, sem receios, sem medos.

Que não tenhamos mais que nos questionar...
Quando é que passará esta noite interna
Pelo universo, por mim, por minh' alma, 
Voltarei eu a ter um dia o meu dia de glória?
Quando é que despertarei deste pesadelo
E possa ficar acordada até de madrugada?
Não sei, ninguém sabe só sei que,
O sol brilha alto,
Impossível de o fitar
Sem ter de fechar os olhos.
As estrelas pestanejam frio,
Impossível de as contar.
O coração pulsa alheio,
A tudo que passa ao seu redor
Impassível de escutar.
Quando é que passará este drama sem teatro,
Ou este teatro tão dramático,
E possamos nos encontrar, conversar
Conviver, declamar?
Agora ainda é hora de recolher a casa,
Onde me sinto segura com confiança.
Ah! vírus que me fitas com olhos de víbora 
Tu que pretendes tirar-me a vida, 
Que tens lá no fundo?
Que queres do Mundo?
Só a "Ele" m' entregarei
Ele nos protegerá, porque é Jesus de Nazaré 
Mandará o sol e eu, cada dia acordarei;
E então será dia, outro dia, outro ano,
Hão-de de novo sorrir as almas dos poetas,
Hão-de brilhar declamando, sempre inovando,
Cantando, cantará minha alma recitando!
Sorri, minha alma, será Novo Ano...!

© Naná G. | 2020 / 2021




Dois Mil e Vinte, foste Prometeu 
o vil Corona Vírus te agrilhoou,  
a bela Esperança foi um ar que te deu... 
Está na Hora, teu Reino terminou! 

Bom povo, bom Povo, viva o ANO NOVO!

*

SONETILHO AO ANO VELHO


“Fim de Ano de 2020”


Ó Ano Velho, Ano Velho,
Se tu tens personalidade
Põe-te à frente do espelho
E vê-te bem com fidelidade.

Se encarares toda a Verdade
Ouve prestes o meu conselho:
Esfarrapa a tua falsidade
E não te armes em fedelho.

Ano Velho, Ano malvado
Do tal Corona traiçoeiro,
Que haja um Touro habilitado
Da real função de Justiceiro.

Tu foste a grande Desilusão
Enganaste bem toda a gente,
Co´ a tua máscara de maldição
A fingir que eras competente…

Ano Velho, estou desiludido
Co´ as vergonhosas trapalhadas
Nada mais eu quero contigo:
Venham as novas Madrugadas!

© Frassino Machado  | 2020 / 2021

In ODIRONIAS



© Lúcia Ribeiro | 2020 / 2021
  



F E L I Z  D O I S  M I L  E  V I N T E  E  UM


F inalmente, estamos em vésperas de um Novo Ano
E sperançados de que 2021 será melhor para todos!
L evamos a experiência enriquecedora causada pelo dano
I nimaginável, que nos deu o necessário para olhar a vida com outros modos,
Z elaremos pelo bem-estar comum valorizando cada momento quotidiano!

D ia um de janeiro começa um Novo Ano
O nde a esperança tem luz verdejante,
I luminando os dias invernosos em roupagem de outono,
S ussurrando uma mudança gigante!

M ais um ano pela frente para sonhar,
I maginando como o universo pode vir a ser,
L ibertando energia positiva pelo Planeta (nosso lar)!

E ra de renovação e também de reaprender a viver!

V iver tem agora outro significado e bem mais importante!
I ncrementado novo ciclo onde a universalidade
N ecessariamente é factor determinante,
T endo em vista o sucesso de objectivos comuns, a sanidade
E o desenvolvimento global, cabe-nos contribuir para a saída brilhante!

E
ra de renovação e também de solidariedade!

U nindo ideais e esforços, em simultâneo navegaremos de coração,
M ovendo terra e céus em busca da estrela da salvação!

© Ró Mar | 2020 / 2021



Desenhos Gentis da Vanessinha

*

CONTO DE ANO NOVO


SOREL E O SEU MEDO INESPERADO!


Sorel era considerado por todos, um menininho muito corajoso, apesar de só ter 7 anos, mas de forma inesperada começou a esboçar, uma reação, que lhe deixava triste e amedrontado.
Questionado pelo seu avô com quem morava, o motivo das suas inquietações foi logo explicando: -estamos no meio de uma Pandemia vovô e se lhe acontecer alguma coisa?? Como eu ficarei se só tenho o senhor no momento, para tomar conta de mim? Perguntou emocionado deixando cair lágrimas dos seus olhinhos aflitos!
Com calma o vovô Quirino disse a Sorel: - temos que ser fortes meu neto, ter fé e nos mantermos no isolamento social.
Você não me disse que o seu maior sonho para nós, em 2021 é que não demore muito para tomarmos a vacina do Covid-19, assim que for liberada??
Então meu rapazinho precisamos confiar que, dentro de pouco tempo, tomaremos a vacina e teremos mais tranquilidade, para viver a nossa vida, até que, em meados de Julho de 2021, a minha filha Alicia e o meu genro Henrique voltem ao Brasil, para morar com o seu filho e comigo!
Deus está olhando por nós e tudo vai dar certo, tranquilizou carinhosamente o coração de Sorel!!

© Noeli de Carvalho | 2020 / 2021




FELIZ ANO 2021 Para toda toda a Humanidade!
 

EM JEITO DE BALANÇO


Em tempos de inventário,
em tempos de balanço…
Cada dia estórias no diário
e nele a minha gratidão lanço...

Estou viva!
E a Deus agradecida!
Mas se tivesse que partir,
que minha alma fosse a sorrir...
Quem de cá não é...
Algum dia tem de a Casa voltar...
Com alegria e Fé…
É meu sentir e acreditar...

Claro que temos tempo…
Porque viver é muito bom,
o mais belo passatempo,
e de Deus um grande dom…

Já tive anos piores,
já tive anos melhores…
Para a humanidade,
foi talvez calamidade…
Mas algum desígnio terá,
e aprendendo tudo passará…

Foi gigantesca esta luta,
em todas as comunidades,
científica e governos nesta labuta,
para salvar a humanidade…

E o Novo Ano aí está à porta,
são grandes as expectativas…
Fazem-se votos e desejos
que voltem abraços e beijos!...

© Tiló Henriques  | 2020 / 2021




LUA OCULTA


De um velho ano vem a despedida
Pela noite adiante, escura e breve
No rodar das horas o relógio se atreve
A mudar o calendário de forma atrevida.

Ano de tragédias tantas, ano sofrido
Amargurado em camas de hospitais
Ano de pandemia, horas de mortais
E a ciência avançando em gesto destemido.

A lua oculta em noite de invernia
Vem solenemente dar lugar a um novo dia
Mudando para um ano de maior pujança;

Rasgam-se horizontes por esse Mundo fora
A Meia-Noite num trampolim da hora
Trás num Novo Ano a força da Esperança. 

© Mário Matta e Silva | 2021 




CANTATA DO ANO NOVO
 
«No Dia Mundial da Paz»


Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

Tantos sonhos e desilusões
E tantas horas mal dormidas
Tanta secura nos corações
E tantos enganos nas vidas.

Tantas crianças abandonadas
Tantos jovens desiludidos
Tantas famílias destroçadas
E tantos projectos perdidos.

Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

Tantos destinos desencontrados
E tantos caminhos dispersos
Tantos juramentos frustrados
E tantos ideais controversos.

Tantas concordatas rasgadas
E tantos consensos fendidos
Tantas promessas congeladas
E tantos futuros contraídos.

Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

Tantas guerras desnecessárias
E tantas vanglórias erguidas
Tantas riquezas perdulárias
E tantas misérias sofridas.

Tantos poderes assoberbados
E tantas funções de bandeira
Tantos cidadãos desenganados
E tantas almas na prateleira.

Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

Tantas aldeias esvaziadas
E tantas escolas sem mestra
Tantos lares sem esperança
E tanto folclore que não presta.

Tantos campos abandonados
E tantas cidades à míngua
Tantos destinos hipotecados
E tanta cultura sem língua.

Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

Tantas nações sem eira-nem-beira
E tantos países em desassossego
Tantos governos na pasmaceira
E tantos povos sem aconchego.

Tantas igrejas sem harmonia
E tantos pastores sem verdade
Tantos fóruns sem serventia
E tantas leis sem qualidade.

Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

Do Ano Novo eis a Cantata
Para ser entoada em coro
Ano Novo – vida cordata –
Sem qu´ haja tropeços nem choro.

Povos da terra, fazei aliança,
Matando esta fome chorosa,
Comei Poesia e bonança
E tereis uma Vida ditosa!

Ó HOMENS QUE NÃO TENDES ALMA
PRA QUEM BEM OU MAL TANTO FAZ
DEIXAI O ACONCHEGO E A CALMA
E LUTAI POR UM MUNDO DE PAZ!

© Frassino Machado | 2021

In JANELAS DA ALMA




Sonetos Do Universo | 2020 / 2021