sábado, 14 de junho de 2014

TERRA MÃE




TERRA MÃE


Grandiosa, útero fértil do planeta sagrado
Progenitora rara, em gestação permanente
És o colo da água da fonte vida em profusão
No âmago do “ser” a chama de fogo ardente

Sua pele recebe as carícias do vento fabuloso
Na brisa é só carinho nas tardes de sol gostoso
És açoitada sem dó quando gira e bailas furioso
Depois vem a calmaria, ar essencial poderoso

No seio corre a seiva, da vida em flor menina
Veste-se de beleza usa as roupagens mais finas
O manto dos oceanos, as estrelas luz infinda
As armas da poesia engrandecem-te mais ainda

Teu seio gera vida remédio para todas as dores
Recebes teus filhos como uma mãe carinhosa
Com seus duendes, sacis, anões e ninfas, amores
Terra nossa, majestosa simplesmente gloriosa

Serás o berço sagrado da minha eterna morada
Deixo gravada a imagem do poema como um véu
Sou filha que veio da terra e a ela retornarei
Terra, rainha do universo, estrela no grande céu

Elair Cabral