Pintura de Emil Nolde
“ADMIRANDO A NATUREZA”
Do rio vinham frescas aragens,
A brisa branda do amanhecer,
Que fala doce com as ramagens
Das árvores, convida-as a erguer.
O brilho que as estrelas tinham,
Apaga-se um a um, lentamente.
E os faróis que no rio se reviam
Vão-se extinguindo, tristemente.
A lua recolhe suas tranças de luar
Mirando-se ultimamente na água,
Para ir para novas terras, poetizar.
E lá atrás das serras misteriosas,
A alvorada tingia o céu com frágua,
Dando aos montes cores formosas!
Alfredo Costa Pereira