AS CRIANÇAS /SEM NATAL
Hoje me vesti de Natal
porque o meu espírito pedia,
nunca vesti uma roupa igual
mas não fui eu, foi a poesia.
Sou uma mãe Natal talvez,
tento sê-lo todos os dias,
pelo menos na vida uma vez,
trocar a roupa e dar alegrias.
Se pudesse ser de verdade
e atender todas as crianças,
eu lhes daria a todos igualdade,
não lhes daria falsas esperanças.
Porque não se vive de esperança,
vive-se com todos os direitos que têm,
crianças que não sabem o que é ser criança
porque os direitos à vida lhes tiraram também.
Que a guerra
e a fome no mundo
pudesse ser terminada,
toda a criança merece
o mais básico que é ser amada.
Joana R. Rodrigues