Ainda é Natal…
Para além de tudo
Tenho que saber olhar
Jamais ficarei mudo
Na desgraça há de tudo
E há que a saber amar
Dá-se uma certa vazão
A problemas do exterior
Esquece-se que a razão
Que jamais é uma ilusão
Deixa ao lado muita dor
Temos que olhar de frente
Os problemas da vizinhança
Saber se tudo está contente
E que da vida se está ciente
Mantendo a sua esperança
Vejo alguém a defender
O que para mim é indefensável
Não… Não colho esse prazer
Porque não gosto de ver morrer
Quem de direito… É impensável
É Natal… Ou deveria ser
Para mim e para os outros
Olhar ao lado com prazer
E se necessário dar de comer
À pobreza… Isto é de loucos
Pois acho que não deveria ser
Uma necessidade assim premente
Se todos soubessem compreender
Que este mundo só colhe prazer
Se nosso irmão viver contente