segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A FESTA UNIVERSAL




A CIMEIRA DA LAPINHA
“A Festa universal”


No primeiro pós-natal
Na Lapinha de Belém
Houve festa universal,
Cimeira de paz e bem.

O boi e mais o jumento
Ordenaram num edital
Fazerem ajuntamento
No primeiro pós-natal.

Acorreram cães e gatos,
Cabras e ovelhas também,
Coelhos, galos e patos,
Na Lapinha de Belém.

Vieram cavalos e éguas
E até as zebras do vale,
Naquele acordo de tréguas
Houve festa universal. 

E todas as aves do céu,
Rolas, falcões mais de cem,
Pombas brancas sem labéu,
Cimeira de paz e bem. 

E todos co´ a sua voz,
Naquele estábulo pobre
Onde estava um frio atroz, 
Fizeram Jesus ser nobre.

Vieram também uns Reis
Lá das bandas do deserto
E até dromedários fiéis
Ali deram um concerto.

Com presentes e arranjos
Com danças, canções e festa,
Ouviram-se pastores e anjos
Na alegria manifesta. 

Seres humanos e animais
Neste calor tão profundo
Demonstraram, por demais,
Toda a beleza do mundo.

Envolta em palha dourada
Dormitava uma criança 
Qual estrela madrugada
Aquecida pela esperança. 

Naquela noite fez-se dia
E ouviu-se por terra e céus
Numa suave harmonia,
Um canto ao Menino-Deus:

– Hossana, cantemos todos 
Co´ a família de Nazaré,
Haja luz, paz e bons modos
Em Jesus, Maria e José!

Frassino Machado
ODISSEIA DA ALMA