terça-feira, 11 de agosto de 2020

A DOBRADINHA


A DOBRADINHA 


“Ano de eleição”


Na ilustre Cidade do Mondego
À sombra do fresco Choupal
Foi servida, sem arrenego,
A louca Taça de Portugal!

Junto à Taça de Campeão,
Ganha de forma limpinha,
Ficou na alma do cidadão
A frescura da Dobradinha.

Não se serviu fria – como´ ao poeta –
Mas, porém, quente e bem regada;
Toda a Torcida ficou desperta
Até às horas da madrugada…

Era um Sonho bem embalado
Nas hostes da Cidade Invicta,
Haver Façanha em duplicado
Para na História ficar escrita.

O Campeonato foi atípico,
Entremeado de pandemia,
Mas o Sonho, qual veredicto,
Deu vitórias de galhardia.

Houve imensas contrariedades,
Por entre nuvens de emoções,
Mas venceram-se as tempestades
Com as mais sábias soluções.

A meio do prélio: hoste reduzida,
E, pior ainda, sem timoneiro;
A vitória saiu acrescida
Com este Troféu lisonjeiro.

Dois golos contra um, somente,
Parece não ter muita graça,
É pouco para certa gente
Mas foi a Vitória da Taça.

Este foi um Ano de eleição,
Mais que eleição, um ano risonho,
Futebol Club do Porto é paixão
Numa Dobradinha de Sonho.

Não houve Festas de S. João,
Mas há Dobradinha festiva
Que passará de mão em mão
Em todas as ruas da Invicta.

No relvado e no Estádio vazio
Pairou sempre um ânimo cheio
Mas na TV, de fio a pavio,
Rodopiaram sete olhos e meio.

O primeiro de agosto foi santo,
De uma alegria sem medida,
Esta Coimbra teve mais encanto
Naquela hora de despedida.

Bibó Porto, cantam os Tripeiros!
Bibó Porto, cantam os d´ alma forte,
Bibó Porto, cantam os primeiros
À frente das Gentes do Norte!

© Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA