segunda-feira, 12 de outubro de 2020

NATUREZA BELA E MÁGICA




NATUREZA BELA E MÁGICA

(Poesia sem verbos)


Natureza bela e mágica!
O sol, a lua, as estrelas,
Vida fenomenológica,
Coisas mesmo de novelas!

Natureza bela e mágica!
A película de efeitos
Especiais, mitológica
E tão real seus feitos!

Alegorias poéticas,
Sabedoria pedagógica,
As entrelinhas estéticas,
Natureza bela e mágica!

A singeleza ideológica
perfume mais que ético,
Natureza bela e mágica
À luz doutro dialéctico!

© Ró Mar

A REVOLUÇÃO 3 DÊS


A REVOLUÇÃO 3 DÊS 


Foi você que falou em Revolução,
Foi você que falou em Fraternidade,
Foi você que falou em Igualdade,
Que falou em Liberdade, foi ou não?

Como é que estamos em Descolonização,
Quando ela própria é uma ambiguidade,
Pois que a Europa nos tirou a liberdade
Estando colonizada toda a Nação?

Como é que estamos de Democracia
Com todos os direitos, ditos assegurados
Mas que apenas sabemos mascarados,
Por não terem em si justa garantia?

Como é que estamos de Desenvolvimento,
Progresso de-vento-em-popa para as elites
E uma tristeza de alma sem limites…
Pra não falar do povo à míngua e ao vento?

Revolução, assim Não, muito obrigado:
Arreda Satanás, fora a corrupção!
- Queremos a Liberdade e a Razão,
E nunca os “cravos murchos” deste fado!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

HISTÓRIA E MONUMENTOS


HISTÓRIA E MONUMENTOS


É lindo o Minho em Bom Jesus e no Sameiro
Também Guimarães com orgulhoso castelo
Que o nosso rei, audaz, Dom Afonso primeiro
Com a conquista deu ao mundo a conhecê-lo

Em Trás-os-Montes mostram-nos antas de granito
Douro Litoral tem lindo Douro – estrangeiro –
Beleza eterna perde-se lá no infinito
Vidrado fica, e mais convicto o forasteiro

Na Beira Litoral – Conímbriga, Batalha –
Aljubarrota nossas tropas deram brado
Beira Alta, Viseu, catedral – bela talha –
Guarda fria co’a Sé – Trancoso acastelado
 
Beira Baixa apresenta-nos Castelo Branco
Também sobressai linda e a mais Portuguesa
Aldeia de Monsanto rochosa um encanto
Erguendo-se altaneira; tamanha beleza

Na Estremadura muito haverá para ver
Imponentes castelos e lindos mosteiros
Fizeram nossa história, mais engrandecer
Fazem parte hoje de belíssimos roteiros

Mosteiro dos Jerónimos, convento em Mafra
São obras tão imponentes e colossais
Do nosso orgulho hoje sentimos essa “safra”
Construídos em tempos imemoriais

Ribatejo das lezírias tão extensas
E do arruinado castelo em Santarém
Nas Portas do Sol extasiado tu pensas;
Como é maravilhosa nossa pátria mãe

Lá podes relembrar quem foi tão importante
Figura heroica da história de Portugal
Após descobrir o Brasil – o almirante –
Sepultado aqui, Pedro Alvares Cabral

No Alto Alentejo também vês história
Templo de Diana – Palácio do Ducal
E vem-nos avivar sossegada memória;
D. Jaime orgulho de nobre casa, real

Continuo, porém, narrando excelso encanto
Que podemos ver nas ruínas de Pisões
Também no Baixo Alentejo o trigo é seu manto
Contracenando com castelos e brasões

Em caravelas conseguimos dar o salto
Em Sagres – atrevimento – o mar desventrou
Infante foi o grande obreiro e o arauto
De quem p’lo mundo fora, se abalançou

Partimos sem destino, demos co’a Madeira
E com bastante funcho, em sobranceiro monte
Sobressai do resto o pico do Areeiro
Perante nosso olhar – fica mesmo defronte –

Os Açores também, azuis, logo se avistam
As lagoas realçam das sete cidades
Tantas belezas belas por lá se registam…
São registos históricos quais majestades

Descobrimos Angola também Moçambique
Tivemos que vencer gigante adamastor
P’ra que passados tantos anos glorifique
Nós chegamos à India, Macau e a Timor.

© ARIEH NATSAC

sábado, 3 de outubro de 2020

A MORTE DA SOLIDÃO




A MORTE DA SOLIDÃO


“O drama do poeta”


Já o escreveu Diderot,
Acerca da Comunicação,
“Com ela ninguém está só
E dela nasce a criação”.

Neste mundo mascarado
Com tanta comunicação
Anda tudo embriagado
Envolvido em solidão.

Palavras voam sem fios
Pelas mil encruzilhadas
São como as águas dos rios
Correndo desencontradas.

Ninguém conhece ninguém
Neste coreto virtual
Cada mensagem que vem
Sai frágil como o cristal.

Vê-se p´ la crista da onda
Rolando cheia de espuma,
Que, mesmo esticando a sonda,
Ninguém acha ideia alguma.

Neste mar encapelado,
Em dia e noite com drama,
Voga o poeta angustiado
Numa jangada sem chama.

É certo que não está só,
O seu palco é sua escrita,
Tritura com branda mó
Esta tragédia infinita.

Sonha por dentro e por fora
Alcançar a criação
E procura a cada hora
A morte da Solidão.

É esta a sua jornada,
É esta a sua viagem,
Mesmo sem valer de nada,
Dá sempre voz à mensagem.

Não se trata de um dilema
Mas de uma alma tenaz
Que se mascara de poema
Ficando consigo em paz.

As palavras são companhia
Nas arribas existenciais
Tem horror à fantasia
Que não pode aguentar mais.

Em cada dia que passa,
Mesmo em solitário trilho,
Cada poema é uma graça
E um abençoado filho.

Se não tiver inspiração
Sente-se nu e despido
Mas tem nas veias a emoção
Que lhe dá vida e sentido.

O poeta, em si, é um drama,
É um drama e uma verdade
Se não o sente não reclama
Dele próprio a identidade.

A solidão tem de morrer,
Ela é o seu mal menor,
Dá-lhe força e faz renascer
A Poesia, seu bem maior!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

A CAMINHAR PARA O INVERNO


 Imagem: ZZZoé


A CAMINHAR PARA O INVERNO


Ainda há pouco passei pelo inverno
E não sinto saudade dele!

Ainda há pouco pensei na primavera
E nada a recordar dela!

Ainda há pouco foi verão
E não vi nenhuma caravela!

Agora, que é outono,
Sinto saudades do de outrora
E está mais do que na hora
De sonhar e viver o que não vivi no ano!

Agora, que é outono, não sei se posso pensar...!
Neste final de ano, a caminhar para o inverno,
Não sei se é tempo dele!?

Talvez possa ainda vê-lo partir,
A tempestade há-de passar,
Pois, ao mar quero voltar!

E a caminhar para o inverno
Esperançado de viver outra estação,
Que poderá ser primavera ou verão
Nos dias ensolarados do ano!

Ou outono, tal outrora,
Que me tinha feliz na hora!

A caminhar para o inverno,
Numa longa espera!

© Ró Mar | 2020

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

MÚSICA, IRMÃ DA POESIA




MÚSICA, IRMÃ DA POESIA 


“No Dia Mundial da Música”


Eu canto para ti, ó bela Música,
Tu que és a excelsa irmã da Poesia
E tens todos os dotes da harmonia
Que neste mundo reencarna a estética.

Eu canto para ti, ó diva eclética,
Tu que és a culta irmã da Fantasia
E tens em ti o mistério da magia
Que atrai à Humanidade toda a Ética…

Minha Música, coração da Arte
Nos belos trilhos da sonoridade,
Tu que pela tua justa identidade
Alegras a Natureza em toda a parte,

Tu, Música, a excelsa irmã da Poesia,
Que dás aos poetas a suave inspiração
Sim, Música, és a Rainha neste Dia.

Tu, Música, não és aurora nem ocaso
Mas és a imagem do Eternal Parnaso!
E em cada poema uma onda d´ emoção…

© Frassino Machado

In AS MINHAS ANDANÇAS

SONHOS




Sonhos


Somos todos Seres imperfeitos,
diferentes e únicos
mas todos temos muitos sonhos...
Não devemos guardar esses sonhos.
Devemos lutar por eles…

Vem amor… até mim!
Vem contar-me os teus sonhos!
Vamos os dois unir
as nossas forças cósmicas
para conseguirmos
caminhar felizes
na busca dos nossos sonhos!

Acredita na força dos teus pensamentos
e na concretização dos teus sonhos...
Temos esse privilégio de sonhar
e o nosso pensamento possui asas...
Vamos viver a vida sem medos,
sem amarras algumas,
livres
acredita no impossível,
acredita em milagres,
acredita que os teus sonhos
se vão realizar…

© Bernardina Pinto