terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

CALOR HUMANO

 

CALOR HUMANO


Saí à rua havia frio e vento!
Mas lá fui eu munido de agasalho,
Nas ervas vendo as gotas de um orvalho,
A condizer com o céu meio cinzento!

Tempo que lembra a brasa e o borralho,
Dando ao corpo e à alma mais alento,
Que traz à mente o terno sentimento,
De olhar a vida em tons sábio e grisalho!

Voltei. Junto à lareira dois calores,
Um do madeiro a arder outro de amores
Bem fraternais, toda a família unida!

Quando há junto de nós calor humano,
Não há frio que cause qualquer dano,
Nem que atrapalhe o caminhar da vida!...

© J. M. Cabrita Neves | 02/2022