CABO DAS TORMENTAS 02
«2020 Descobrir Portugal, no Dia de Portugal»
Num horizonte humano, tão amplo e global
Como este em que vivemos comunitariamente
Com rostos mascarados, quase completamente,
Impõe-se uma tarefa anímica essencial:
Pôr de lado qualquer sentimento virtual
Fazendo unir o corpo em arejada mente,
Para que desse gesto resulte cabalmente,
Descobrir Portugal, no Dia de Portugal!
Mas sabemos, porém, que já não há heróis,
E aqueles qu´ houve recriaram novos mundos,
Donde saíram tesouros e males profundos,
Faltando agora outras gerações e outros sóis!
E Portugal? Oh, está hoje reduzido a pó,
Porque já nem existem as cinzas ciumentas
Ficando, todavia, o Cabo das Tormentas
Num triste túmulo de Camões, falando só…
P´ ra Descobrir Portugal – hoje, aqui e agora,
Quer o queiram ou não os “velhos do Restelo” –
Basta fazer da Alma um intrépido castelo
Onde a bandeira da Fé reerga nova Aurora!
© Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA