Fotografia de Rui Olavo - Parque das Nações - Lisboa - Portugal
EM TEMPO DE VERÃO HÁ,
UMA PALAVRA SUSPENSA NO CÉU,
FELICIDADE
O verão
chegou ao hemisfério norte. Verão boreal que inicia ao solstício de verão a
vinte um de junho e termina com o equinócio de outono. Uma das quatro estações
do ano mais quente e seus dias os mais longos de todo ano.
Em Portugal
os termómetros marcam trinta e mais graus, um dia primeiro de muito calor, e é
domingo para passear adorando a beleza da natureza. Há quem vá à praia e mergulhe
no Tejo, a nossa riqueza.
Há quem
fique pelos terraços de Lisboa a admirar as águas do rio Tejo.
Há quem se
passei, à beira rio, pela bela freguesia Oriente, Parque das Nações, que tem
pavilhões e palcos para toda a gente.
Há quem vá
até Oeiras e se delicie ao ar livre pelo jardim de tanta poesia e arte, Parque
dos Poetas, magnânimas esculturas de Francisco Simões estão lá, os maiores
poetas de Portugal: Camilo Pessanha, Carlos de Oliveira, Teixeira de Pascoaes,
Florbela Espanca, José Gomes Ferreira, José Régio, Vitorino Nemésio, Miguel
Torga, António Ramos Rosa, Sophia de Mello Breyner Andresen, Natália Correia, Eugénio
de Andrade, Manuel Alegre, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Alexandre O'Neill,
David Mourão-Ferreira, Jorge de Sena, António Gedeão e Ruy Belo.
Há quem vá
até ao Marquês de Pombal e desfrute as maravilhas do parque Liberdade, Eduardo
VII. Desde a feira do livro aos demais eventos, desportos e música ao ar livre.
Há ainda quem visite a estufa-fria, palacete de plantas, lagos e cascatas.
Há quem
desça até à Avenida da Liberdade para ao perto ver desfilar as marchas populares
de verdade.
Há quem vá
até Belém, de monumentos e museus, e se calce de cultura, tendo pela vista os
descobrimentos e paragem obrigatória para o afamado pastel de nata de belém, atração
ao turista que os come bem e com canela.
Há quem vá à
Alameda D. Afonso Henriques, o 1º rei de Portugal, e refresque a vista na,
Monumental, Fonte Luminosa. Pela noite é chuva de estrelas ao ar livre.
Há quem vá
ao museu Calouste Gulbenkian que pela arte tem o seu encanto, arte antiga,
moderna e outros eventos culturais. E ainda, um requintado e acolhedor jardim
de lazer e outros desejos para disfrutar.
Há quem vá
ao Carmo para bem mirar a vasta cidade de Lisboa. E, ainda há quem vá no
elevador de Santa Justa que vem ao Chiado, à brasileira de Pessoa e de muitos turistas,
cumprimentar o poeta universal e seus heterónimos.
Há por toda
a Lisboa esplanadas cheias até altas horas, saraus de música, poesia e muita
animação. E, pelos bairros típicos abrem-se as janelas, pelas ruas e vielas do bairro
alto, alfama, graça e outros mais, instaura-se a algazarra e folia. Há música
pela madrugada, sardinhas e outras iguarias. Há ainda os balões de papel, as
chitas coloridas que enfeitam a cidade e dão vida aos Santos populares. É esta
alma de alegria e amor pela vida que magnetiza o verão e abre as portas à linda
Lisboa, a nossa capital.
Há um
Portugal iluminado, de dia e de noite, pela estação de verão, que se distingue
pelo excelente clima, situação geográfica e destacável gastronomia. Recheado de
palácios, monumentos, jardins, restaurantes típicos, esplanadas em prol da
cultura e convívio de gentes nacionais e estrangeiras.
Há um
Algarve que é desejo em nós. A região turística mais importante de Portugal e uma
das mais importantes da Europa. Há nele um especial encanto, pelo seu clima,
temperado mediterrânico, caraterizado por verão longo, quente e seco, águas tépidas
e calmas que banham a costa sul; pelas soberbas paisagens naturais, património
histórico e etnográfico e a deliciosa gastronomia. Atributos tais que atraem milhões
de turistas nacionais e estrangeiros todos os anos e fazem do Algarve a região
mais visitada e uma das mais desenvolvidas do nosso país.
Há quem vá
até Coimbra, a maior cidade da região centro, ver seus encantos e tradição. Considerada
a cidade universitária, pois, tem a maior universidade de Portugal, património
mundial da UNESCO. Quantos doutores têm a vida em suas mãos e tantos fados pela
alma e coração!
Coimbra tem
ainda o magnífico parque de Santa Clara, maravilha às nossas crianças, construção
pequenina e harmoniosa representando monumentos e outros elementos sobre a cultura
e o património edificado português, em Portugal e no mundo. É o Portugal dos Pequeninos
que todos admiram, quantas passeatas e brincadeiras de crianças e adultos
também.
Há quem vá
até ao norte de Portugal, Porto, cidade invicta, e por lá se banhe nas águas do
rio Douro, que tem tantos mistérios e quantos encantos.
Há quem
passeie pelo Douro e navegue até ao Tâmega, nos preciosos Rabelos, vivenciando
a beleza de tal natureza, esperançado em encontrar, pela Ponte Romana, algum
fio de ouro, vestígios de ninfas que por lá espelharam seus mágicos cabelos. E,
há sempre o brinde à vida que se confraterniza em cálice de vinho do Porto,
orgulho do nosso majestoso Portugal.
Há tantas
regiões e tantos lugares para visitar, ver e sentir espalhados pelo nosso
Portugal, vasto roteiro, que nem o grandioso verão e suas romarias findam as
maravilhas a descobrir. Ficará sempre algo, a explorar numa próxima viagem, que
aguça curiosidades e reinventa utopias que conquistam a vida de gentes durante
todo o restante ano, e vivem pleno até que chegue de novo o verão e as férias
de sonho.
Há sempre
mais amor e mimos em dias de estio, pois o Sol brilha mais e adormece à luz da
Lua. E, as almas enamoradas realizam seus sonhos pelas deslumbrantes noites de
luar.
Tal como os
girassóis nós somos vida edificada pela luz, que imana em nós, principalmente
nesta fase em que o nosso Planeta Terra é parte que ilumina de dia e também à
noite a nossa nação.
Há muitas
mais cidades em Portugal e outros países que sentem o verão e vivem-no amando tão
intensamente como nós portugueses.
Há lugares
paradisíacos e temperaturas bem mais elevadas pelo Universo nesta estação do
coração.
Em tempo de
verão há, uma palavra suspensa no céu, felicidade.