sábado, 23 de janeiro de 2016

ESTA, MINHA, JANELA





ESTA, MINHA, JANELA


Por mais que a noite ofusque o meu espaço…
Há sempre uma janela prá `cidade de verde´, onde vejo,
A antiga Lisboa, o candeeiro a petróleo e o esquiço
traçando estendais de chitas e linho pelas varandas do Tejo.

Minha alma baloiça o céu de uma noite de ascensão
E o coração debuxa as linhas de uma outra cidade!
A minha cidade, onde a gente é bonita e sem vaidade,
Onde a noite é aguarela livre aos olhares que passam!

Por mais que a noite alongue nunca perde a graça...
Há a sortuda paisagem, que tem o miradouro da Graça
Dando forma ao Castelo, cores à rosácea da Catedral
Em mãos à luz da Sé, e renasce o novo portal!

© RÓ MAR