Um dois mil e dezasseis repleto de felicidades…
No remanso do meu lar
Revejo factos passados
Apetece-me chorar
Já tenho os olhos molhados
Há coisas que acontecem
Que não deviam acontecer
Até as almas esmorecem
Meus amigos podem crer
Foi o pai e foi a mãe
E um irmão também
Todos os dias mais um cai
Um familiar ou outro alguém
E os anos se vão passando
Na vivência de dissabores
E aqueles que vão andando
Seguravam os seus amores
Porque os amores se devem
A essa gente que se vai embora
E agora outros se atrevem
É chegada a sua hora
De refazer o que já viram
Na sua longa vivência
Porque os outros os sentiram
Na sua bela apetência
Não me posso esquecer
De tudo o que me deram
Para agora saber ser
Aquilo que eles quiseram
Quiseram que fosse leal
Perante as adversidades
Dum ser a mim igual
Que vive suas dificuldades
E nesta hora de passagem
De mais um ano terreal
Cada vez mais a imagem
De a olhar até faz mal
Porque é que é assim
E não de outra maneira
Às vezes apetece-me a mim
Dizer uma grande asneira
Não quero a falsidade
Dalgumas palmadas nos costados
Porque quem usa da verdade
Sabe quais são os bens amados
E agora para terminar
Um bom ano vos desejo
Que vosso semelhante saibam amar
Na medida do vosso ensejo!
Com os meus braços compridos
Uns abraços ternurentos
Podem crer eles são sentidos
É o que posso dar nestes momentos!
Armindo Loureiro