O MUNDO NÃO É DE NINGUÉM…
O mundo não é de ninguém…
Todos o querem na mão,
Todos o sonham mais além!
O mundo é o universo de todos
E é um nada de alguém!
Todos o conhecem, ou não?
Todos o amam, ou não?
Todos o querem na mão?
O que não sabem, ou esquecem
É que o mundo é palmo e meio
Na mão de uma criança;
É a bola de cristal
Que tem o poder da natureza;
É que, somos pequenos para tão beleza.
O mundo é o universo de todos
E é um nada de alguém!
Falas e filosofias…são normais…
Ora, atitudes…não são mui usuais!
Não vejo o mundo crescer,
Não que não consiga ver,
Perco-me na contagem das gentes…
São tantas que não cabem na minha mão!
Tenho olhos de ver e mão pequena,
Tudo o que um ser deve ter, mão pequena,
Palmo e meio, tal a mão de uma criança.
Um globo… que vejo nele?
Vejo nele um conjunto de falácias,
De várias preposições e exclamações
Onde os corações
Se prendem e esticam às almas além!
Onde se vive o sonho pelas audácias
Que são o universo e o mundo de alguém!
Quem, se o mundo não é de ninguém?
Partículas desarticuladas na atmosfera
São o mundo de alguém e meu também,
Devíamos articulá-las, quimera!
Tenho na mão o mundo que é teu também,
Mundo de gente pequena,
Gente de palmo e meio...
O quanto basta para ver nele
Gentes que somos todos
E sonhos mais além.
O mundo na palma da mão,
Todos o querem…
Ora, ele não é de ninguém!
® RÓ MAR