A FORÇA DA FORMIGA
Andava numa azáfama constante,
Enchendo de alimentos o celeiro,
Uma alegre formiga num carreiro,
Mostrando ter a força de um gigante!
Era o equivalente a um madeiro,
Para alguém bem robusto e bem possante,
Que a pobre transportava radiante,
A caminho de casa, o formigueiro…
Tão frágil e tão leve, quem diria?
Que afinal tanta força ela teria,
Superando qualquer espectativa!
Engana-se, quem vai pela aparência,
Medindo dessa forma a resistência,
Porque nem sempre ela é comparativa!...
José Manuel Cabrita Neves