sábado, 30 de agosto de 2014

A TI ÁRVORE


A ti Árvore


 Que a árvore dê sempre frutos
Numa Aliança inalienável
Almas vagueiam em seu redor... muitos
Espíritos sem cor permanecem de forma indisputável.

Árvore, fonte da vida concebida sem pecado
Destes o fruto à humanidade
Alimento adverso num sonho acordado
Afinal tiras a fome e mostras te a verdade

Árvore Sagrada suspensa entre o tempo
Suavemente te deixas embalar na aragem do vento
A tua beleza e luz ofusca lentamente
E a humanidade acolhe te complacente

Árvore amiga que me aconchegaste com a tua sombra
Com o teu ar compadecido amparaste a minha dor
A agonia suportada cheirava como uma onda
Mas não o aroma do mar... no meu peito agitador

Obrigada
Árvore excelsa por te unires a mim
Naqueles dias em Dezembro, abominável caos
Com os teus ramos amparaste minhas lágrimas de jasmim
A ti, estendo neste momento as minhas mãos!

A ti, ocultamente obstinada
Agradeço o místico encanto por mim sentido
Naqueles dias em Dezembro... alienada
Se não fosses tu... oh, Árvore!... estava perdida!

 Áurea Justo