DESALENTO
Meu frágil coração anda doente!
Minh’alma chora: triste, desalenta...
No revoltado olhar: visão sangrenta,
Que desilude e ofende qualquer mente!
A humanidade hoje é mais violenta!
Fala de paz e amor cinicamente…
Fabrica e fornece armas, consciente,
De que na morte alheia se sustenta…
Compreensão, diálogo, rigor?
Em causa estão interesses materiais
E fundamentalismos sem valor…
Venham mentalidades sãs, iguais!
Que as guerras sejam feitas com amor
E os humanos se tornem fraternais!...
José Manuel Cabrita Neves