terça-feira, 2 de setembro de 2014

A ESPADA VANDALIZADA


A ESPADA VANDALIZADA  


Por entre as brumas trágicas da madrugada
Um bando de acéfalos embriagados,
Com sua alma e seu espírito embaciados,
Ousaram estilhaçar a Excalibur sagrada…

De São Mamede até Ourique ditou a Lei
Pela força indómita do Rei Conquistador
E, fermentada na coragem e no fervor,
Plantou de norte a sul o Poder e a Grei…

Com ela Portugal nasceu, cresceu e venceu,
Com ela Portugal fez glória e impôs respeito
E, agora, a indigno sacrilégio a submeteram.

Onde estão esses loucos “Vândalos”, de breu
E de fel numa vida sem moral nem preito?
Onde está o meu País e o Poder? Já o partiram?

Ninguém sabe… pois não! Já ninguém sente a História,
Que esvaziada está, sem alma e sem memória!

Frassino Machado

In RODA-VIVA POESIA