quinta-feira, 4 de setembro de 2014

POBRES PEDRAS DA RUA

 

POBRES PEDRAS DA RUA


Ai!!... pobres e inertes pedras das ruas
Desgastadas pelo tempo e semi-nuas.
Testemunhas do presente e do passado
Pedras discretas com segredo guardado

Observadoras serenas pacificas e mudas.
Pisadas, maltratadas não pedem ajudas
Memorizam cada geração por si a passar
Ai!!... se elas conseguissem connosco falar!

Que lendas fantásticas teriam para contar.
Histórias de vidas humanas para relatar.
Reis, rainhas, príncipes ou princesas
Fidalgos, Aristocratas, Altas Nobrezas.

Pedras que outrora já foram acariciadas
pelas damas com as suas saias rodadas.
Pedras pelas pegadas do tempo marcadas
Hoje são pouco estimadas e até ignoradas.

Pés apressados sem cuidado nelas deslizam
E se escorregam, reclamam e se martirizam
Com indiferença não reconhecem sua história.
Pedras!. quantas gerações guardam na memória.

Aurora M.F.C. Martins Afonso