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MULHER
Ontem, dia da Mulher, o mundo sorriu
E as flores brotaram em taças de alvorada
Espreguiçando-se pela madrugada, foi o que se viu;
O dia longo que abrangeu a caminhada da vida.
Hoje, não é dia alusivo à Mulher, ela chora
E as flores murchas tombam no esquecimento das ruas,
Há olhares sem demora que se prendem ao outrora;
O dia longo e repleto de saudade de coisas nuas.
Amanhã, dia de mui nadas, a Mulher grita
E espanta as flores que se vêem às bocas do mundo,
Ainda há esperanças, brotam-se rebentos pela escrita
Que não tem dia, nem tal hora marcada, e vê-se tudo.