PRIMAVERA
Primavera
De encantos tantos
De jardins floridos,
Com as cores lindas
De um arco-íris,
Os pássaros chegando
Intrometidos
As andorinhas nos beirais
Seus ninhos fazem
Primavera tanto tempo
À tua espera
Para tão depressa te ver partir
Com ninhos caídos,
Com tantos dos teus encantos
Já perdidos,
Para ter a chegada do verão
Tens que sair, sem razão.
Pois os que estão querem sentir
O calor do dia, e as noites amenas
Calmas e serenas
Mas de grande exaltação
E do calor do verão, secam as sementes
E trata-se da terra que dá o pão
E depressa se diz adeus ao verão
Que vai saindo com alguma lentidão
Porque o Outono espreita,
Algumas pingas de água molham o chão
A chuva cai na hora de alguma colheita
Sofre a vindima,
Que por vezes o mau tempo se deleita
Com tão pouca estima
Pela bela uva seja ela branca ou preta,
E assim o Outono por vezes triste
Vai saindo nem sempre na hora perfeita
Mas na hora das sementes voltarem à terra
Pelo Inverno se espera,
E se vai pedindo que seja bem vindo
Sem querer engolir a terra,
As sementes vão germinando
Os dias vão passando a chuva caindo
E assim se vai despedindo
Para que seja outra vez Primavera.
Joana R. Rodrigues