segunda-feira, 30 de maio de 2016

NESTE MUNDO IMPERFEITO...





Neste mundo imperfeito…


Nas imperfeições da vida
Vive-a de forma perfeita
Vivê-la de forma sentida
Pois na vida tudo se ajeita
É em algumas imperfeições
Que a vida se saboreia
Fruto dessas belas paixões
A nossa vida jamais é feia
Vivê-la desta maneira
É o que é mais importante
Faz da vida uma brincadeira
Agora e a todo o instante
Há momentos de insatisfação
Que a nossa vida contém
Talvez por se viver na ilusão
De que na vida só existe o bem
Mas não e nisso podem crer
A vida também tem a sua negação
Mas há que a viver com todo o prazer
Para que dela nos reste a satisfação
Satisfeitos até não mais
Por tudo o que ela nos deu
Mesmo que se deem alguns ais
A vida jamais nos desmereceu
Vamos todos pois viver
Em ajuda a todos os outros
Para no mundo se ter prazer
Mesmo que nos julguem todos loucos
Vivê-la desta forma assim
É despertar o nosso eu
Sê flor no meu jardim
Ai amor pró que me deu!

Armindo Loureiro


NOTÍCIAS DO MUNDO




Notícias do Mundo 


Semana do Meio Ambiente
Desde a pedra filosofal
Toda semana inteira permanente
P'ra a Terra é Fundamental!

Nada será amanhã igual
Se não aprendermos a reciclar
Filosofar somente é banal
Essencial cuidar do habitat pra habitar...

Hoje estampa a primeira página
Emplaca a chama de alerta
Bem maior do que se imagina
Aos olhos da menina e do poeta...

Sempre haverá deficiência
Um planeta falido por consequência
Se o homem não tomar p'ra si ciência
A recompensa será a decadência

Notícias do mundo e de nós...
Ambiente que carecemos amar
Água sem poluição para os rios
Plantio sem veneno é belo ar

Desde os primórdios esperança...
Cuidando do meio nosso templo
Deixaremos no futuro boa herança
O tempo todo, todo o tempo, bom exemplo!

A colheita será auspiciosa poesia...
O prazer de viver em abundância
Requer usar a natureza com sabedoria
O desperdício é vicio pura ignorância!

© Sónia Gonçalves

Son Dos Poemas 

A MINHA FÉ





A MINHA FÉ


Recebi o teu sinal meu amor
Onde trazias contigo amigos
Aliviaste-me esta dor,
Em que estava a enfrentar alguns perigos

Sossegaste esta minha inquietação
Mas sei que tu meu amor,
Ao saberes que era grande a minha aflição
Chegaste para acalmares a minha dor,

Cada vez estou mais crente, que outra vida existe
Quando alguma dúvida tenho,
Logo apareces num breve sonho, olhaste para mim e sorriste

Como duvidas, já acabaram as provas que me permitiste
Com a fé com que me empenho, eu a permissão tenho
De agradecer a Deus e aos céus, porque o além existe !!

Joana R. Rodrigues


VIAJANTE DE PALAVRAS




LIRA BEM TEMPERADA 


«VIAJANTE DE PALAVRAS»


Eu viajo nas palavras
A partir das órbitas criadas
Pelo sonho que sai de mim.
Elas me levam mansamente
Até ao sopé da montanha
Que eu construí no horizonte
Sem fim.

Comigo viajam as ideias
Que orlam os terrenos 
Que me rodeiam.
Deles hão de brotar 
Os andaimes que cada dia
Vão crescendo para o alto,
Donde se vislumbram 
As nuvens enroladas 
Do céu.

As palavras são 
As entidades geradoras
Dos sonhos emergentes.
Por elas nós crescemos
Em arroubos estéticos
Floreados de carmesim
E envernizados
Com aromas inebriantes
De néctar.

Os edifícios construídos
De palavras elaboradas
Humedecidas de emoção
Têm o nome de poemas.
Elas são a argamassa,
O sonho e a água,
O sentir e a vida
E o canto da alma!

Frassino Machado

A VIDA É UMA DESGARRADA




A VIDA É UMA DESGARRADA


A vida é um desafio como uma desgarrada,
Uma permanente disputa de um bom lugar,
Tem de se saber a letra de cor e pronunciar, 
É preciso bem alto e afinado, saber cantar.

Não desafinar é importante para se vencer,
A concorrência não nos poupa um engano,
Temos de nos saber defender d'algum dano,
Para confiança merecermos sem algo temer.

A vida é uma permanente e sonora desgarrada, 
Toda a gente quer competir connosco, desafio
Que não podemos recusar pra nunca fraquejar,
Antes lutar até ao fim para o desafio se ganhar.

A vida é uma eterna desgarrada, algo desafinada,
Dependendo de nós a afinação, com a oposição 
Às ideias que nos querem impor sem uma lógica
Aceitável, que ultrapassa qualquer justificação.

Ruy Serrano 

segunda-feira, 23 de maio de 2016

O TEU ABRAÇO



Fernando Figueiredo


O REINO DAS PALAVRAS




O REINO DAS PALAVRAS


Neste Reino cheio de fantasia
Não existem Reis nem Rainhas
Apenas livros cheios de poesia
Preenchidos com muitas linhas

Os soldados são simples palavras
O povo substituído por letras
Não existem escravos ou escravas
Nem fidalguia cheia de tretas

O castelo transformado numa livraria 
Não existem as riquezas, nem os diamantes
Todo o poder concentrado na poesia
Exposta em milhares de livros nas estantes

Neste Reino das palavras queria viver
Onde o Sol irradia raios de pura magia
Fonte pura de inspiração para escrever
Palavras impregnadas da mais bela poesia 

Paulo Gomes

sexta-feira, 20 de maio de 2016

MENSAGEIRA




MENSAGEIRA


Quero voar contigo
Eu também tenho penas
Faz das tuas asas meu abrigo
Pomba mensageira
Sou uma nuvem passageira
Termina com o meu castigo!

Joana R. Rodrigues

MAIS DE VERDADE COM CORAÇÃO...





MAIS DE VERDADE COM CORAÇÃO...


Aprender com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo.
Colorir nossa vida com os tons mais contentes.
Devolver um brilho maior aos olhos, aos dias, aos sonhos,
mesmo àqueles mais antigos, que, apesar do tempo,
souberam conservar o seu viço.
Quero sintonizar a minha frequência com a música da delicadeza.
Do entusiasmo. Da fé. Da generosidade. Das trocas afetivas.
Das alegrias que continuam a florir dentro da gente.
Amar muito sentir o colorido da vida somente...
Mais de verdade com coração...

Madalena Lessa


AZUL A COR DECERTO DE AMAR





AZUL A COR DECERTO DE AMAR


Quando a saudade tem a cor do céu
O infinito é tão perto, 
Tão perto do meu coração,
Tão longe das asas do vento!
Rente ao pensamento dança pelo véu
Que tem a cor sentida da paixão:
Azul de um outro mar, 
Azul de um outro céu,
Azul a cor decerto de amar.

Quando a imaginação prende ao azul celeste
O infinito é tão perto,
Tão perto do meu pensamento,
Tão longe do universo real!
Rente às mãos do surreal
Que têm a cor estampada do sonho:
Azul de outro planeta que me olha,
Azul de outro ser que me veste,
Azul a cor decerto que eu componho.

Quando tais tons preenchem a branca folha,
Há uma alma que tem vida anil saudade,
Há um amor de verdade,
Há um sentir que voa pelo ar,
Há um coração que tem sede de infinito,
Há um silêncio que emite felicidade:
Azul de um outro mar, 
Azul de um outro céu,
Azul a cor decerto de amar.

© RÓ MAR


quarta-feira, 18 de maio de 2016

O PARECER E O SER





“ O PARECER E O SER “
 

Quando um homem quer ser o que não é
Querendo inverter a sua sina,
São maus os caminhos que domina
Que de si próprio já perdeu a fé.
 
Enganosa é a vida quando até
Aquilo que nós somos amorfina,
Ninguém queira ser rei, ou ser rainha
Quando na vida apenas é ralé.
 
Neste engano se vive aparvoado
Por um fantasiar mal disfarçado,
Para lhe dar a imagem que convém.
 
Importa é parecer e nada mais,
Ainda que sejamos irreais,
Se cria a ilusão de ser alguém.
 
Abílio Ferradeira de Brito


QUERO



Vania Rocha


terça-feira, 17 de maio de 2016

CICLOS




Ciclos

 
Há dias que amanhecem sem canários
cantando nas paineiras já sem flores,
nos arvoredos secos e sem cores,
com galhos retorcidos, tantos, vários.

Os campos vestem hoje véus, sudários
que encobrem os sinais devastadores
do estio. E em todo canto que tu fores
verás que os tons são tristes, cinerários.

Há tempos mais severos, mais mesquinhos,
que deixam nas paineiras só espinhos, 
e tudo que era encanto se amortalha.

Mas logo essa tristeza em si se amaina
quando flutua ao vento a leve paina
e cai na relva seca e ali se espalha.

NUM SORRISO PERFUMADO DE AMOR



NUM SORRISO 

PERFUMADO DE AMOR


que o vento traga o som dos teus passos...
que nos teus braços receba...
o beijo das tuas acções, mais do que palavras
sentir que me invades gratidão em vida
num sorriso perfumado de amor
...

Ana Carvalhosa

O COMBOIO DA NOSSA VIDA




O COMBOIO DA NOSSA VIDA


Tomámos o comboio da nossa vida, sem destino,
Passamos por várias estações com as paragens
Que a nossa vida nos obriga, só por momentos,
E prosseguimos a nossa viagem com tormentos.

Connosco seguem a viagem nossos pais, entram
Na estação seguinte, os nossos irmãos e amigos,
Até à próxima estação em que ficam nossos pais
Prosseguindo a viagem saudosos e esperançosos.

Por vezes o comboio ameaçou descarrilar, travão
Teve o maquinista de utilizar, foi um dos sustos
Que sempre nos surpreendeu, com tanta emoção,
Acabamos por resistir, sem abandonar o comboio.

A seguir o comboio deixa e recebe passageiros,
Ficam os nossos irmãos, entram nossos amores,
Ficamos apaixonados, sem ter tempo de pensar,
Acabando por nos rendermos ao amor, até casar.

Prossegue a viagem e entram a seguir os filhos,
A que se juntam os netos e os bisnetos, tempo
Que se esgota e nos deixam a viajar sozinhos,
Saudosos e sedentos de notícias e de carinhos.

A meio caminho, o comboio é assaltado e pára.
Somos obrigados a entregar os nossos haveres,
Dinheiro e propriedades, prosseguindo viagem,
Com o destino comprometido, severa viragem.

As duas últimas estações são mais tranquilas,
Não temos mais nada pra perder, o que temos
É para sobreviver, a viagem é então pacífica,
À medida que a última estação está iminente.

A última paragem é definitiva, é o fim da linha,
Perderam-se os sonhos e os bens, é esta a vida.

Ruy Serrano

segunda-feira, 16 de maio de 2016

TULIPAS VERMELHAS





TULIPAS VERMELHAS


Neste lindo e belo canteiro
Floriram as mais belas flores
Parecem gotas de sangue
Dos apaixonados amores.

São tulipas meu senhor
E não rosas milagreiras
São da cor da paixão e amor
Crescem em canteiros e floreiras

São a cor da paixão
Cor sedenta de amor
Tão lindas que são
As tulipas em flor,

Joana R. Rodrigues


QUANDO EU PARTIR




" QUANDO EU PARTIR "


Quando a sombra da morte me abraçar,
repara nos meus lábios de finado,
pois a todos eu quero desejar
que vos ameis como eu vou tenho amado.
 
Tudo ali se concerne em terminar
o acto de quem 'stá amortalhado,
meu corpo hão - de levar a sepultar
minha alma seguirá p'ra outro lado.
 
Termina assim na terra meu labor,
eu parto para Deus Nosso Senhor,
aqui só os meus versos ficarão,
 
Ecos que para sempre vão ficar
e que ninguém jamais pode calar,
com eles eu vos deixo o coração!
 
Abílio Ferradeira de Brito


domingo, 15 de maio de 2016

MAIO


Imagem - Gold Art


MAIO


Maio, de todos os encantos, seus esbeltos cabelos
Voam pela rosa dos ventos em baladas de rabelos,
Seus mares versejam o belo universo magenta
Em palete de coração por todo planeta.

Maio, que tem novas ideias, seus pensamentos planeiam
O jardim poético, a áurea natural à mão
E a escrita pela visão do mês de todas as primaveras
Em folhas de carvalho de tamanhas eras.

Maio, de todas as gentes, seus braços os remos
De prosperidade que beijam o sal de uma nação
Em cândidas passeatas de primorosa estação.

Maio, que tem a janela aberta e o sol à porta,
Seus nobres respirares inspiram a beleza que temos,
A frescura do dia, o sorriso à noite que nos reinventa.

© RÓ MAR


0,4 DE RAZÃO




0,4 DE RAZÃO


Às vezes já não me entendo,
Nem sei mesmo o que pensar!
Se quero ir, se ficar,
Se ouvir música, se lendo,
Se, sem vontade, escrevendo
Coisas à toa sem nexo,
Que me deixam mais perplexo,
Mais baralhado e confuso,
A entrar em parafuso,
Entre o côncavo e o convexo…

Neste meu dúbio viver,
Tendo de fazer opções,
Vejo-me em contradições,
Sem saber o que escolher,
Porque, no fundo, a meu ver,
Por melhor escolha que faça,
Logo a mente me embaraça,
Querendo razões e porquês
E eu fico às duas por três,
Zonzo até que me refaça!

Eu bem queria conseguir,
No meio desta confusão,
Usar de ponderação
E ser firme a decidir,
Sem ter de me redimir
Duma decisão errada,
Que depois de ser tomada,
Já não há nada a fazer,
Apenas reconhecer:
Que era melhor estar calada!

Neste debate comigo,
Que não consigo vencer
E já nem tento sequer,
Dominar este inimigo
Que eu habito e que mitigo,
A sua acção inocente,
Que, pela surra, silente,
Como qualquer coração,
Discute com emoção
A razão vinda da mente!...

José Manuel Cabrita Neves

A MONTRA DOS CORAÇÕES




A MONTRA DOS CORAÇÕES 


«Ao Mês de Maio»


Passei na rua da liberdade
Em certa hora, em certo dia,
E vi a montra dos corações:
Preço para qualquer idade
Com as cores da fantasia
E carregador d´ emoções.

Parei ali surpreendido 
Em tal coisa nunca pensara
E fiquei mui preocupado:
Quem não ficará rendido
De tal mercadoria rara
Nesta economia de mercado?

E como tudo tem um preço
Conclui que era natural
E avancei logo pra diante:
Todo o mundo está do avesso
E porque ninguém leva a mal
Tudo passará num instante…

A rua virou avenida
De uma ilusão para ilusão
Por entre o prazer e a dor:
Já ninguém compreende a vida
Para tudo se quer ficção
Seja no ódio ou no amor!

Mas… de que corações se trata,
Corações de carne ou de lata?

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

AS CORES DA TERRA




AS CORES DA TERRA


Verdes são os prados e as florestas,
Cristalinas são as águas das fontes,
Luminosos são os campos de trigo,
Bonitas são as mulheres que sigo.

Azul é o céu que me cobre, lá do alto,
Castanha é a terra que eu ainda piso,
Brancas são as campas dos mortos,
Vermelhas são as vivas queimadas.

Há cores neutras que não dizem nada,
São vazias como as ideias humanas,
Também as há descoloridas, ausentes,
De pessoas que são pobres dementes.

Bastantes e variadas são estas cores,
De difícil escolha, resta o arco-íris,
Que permanece alto no firmamento,
Para que seja visto a todo momento.

Ruy Serrano 

AS LAVADEIRAS




AS LAVADEIRAS


Mulher que lavavas no rio
Nas águas que corriam sem fim
Estivesse calor ou frio,
Mulheres que tanto sofreram assim

Suas lágrimas
Se misturavam
Nas águas doces do rio
Quantas vezes suas mãos
Gelavam de tanto frio.

Joana R. Rodrigues

sábado, 14 de maio de 2016

A FORÇA DA FORMIGA




A FORÇA DA FORMIGA


Andava numa azáfama constante,
Enchendo de alimentos o celeiro,
Uma alegre formiga num carreiro,
Mostrando ter a força de um gigante!

Era o equivalente a um madeiro,
Para alguém bem robusto e bem possante,
Que a pobre transportava radiante,
A caminho de casa, o formigueiro…

Tão frágil e tão leve, quem diria?
Que afinal tanta força ela teria,
Superando qualquer espectativa!

Engana-se, quem vai pela aparência,
Medindo dessa forma a resistência,
Porque nem sempre ela é comparativa!...

José Manuel Cabrita Neves


VIDA EXISTENCIAL...


Art of God and Nature


Vida existencial…


Existo no meu pensar
Sou teimoso no que faço
Conseguirei eu amar
Neste tempo tão escasso?

É que nem sempre conseguirei
Dar vazão aos sentimentos
Apenas sei o que a mim me dei
E o dou em alguns momentos

Há existências tão belas
Que me dão o seu prazer
Sem sequer serem querelas
Gosto muito de vos ter

Não sei se durmo ou se acordo
Com estes belos pensamentos
Só sei que às vezes eu me mordo
Nas injustiças destes tempos

Distraio-me com o que vejo
E logo me apetece dormir
Pensem por vezes no ensejo
Para terem um belo sorrir

Somos num mundo tão injusto
Aqueles que de si dão algo
Vivo uma existência tão a custo
Mas nela me sinto fidalgo

Armindo Loureiro

POUSA O LÁPIS!



Ana Carvalhosa


MAIO


Imagem - SAi$ON


MAIO


Maio, o mês do coração,
Do amor e mui paixão;
Da frescura e beleza, de mui flores,
Da primavera, vida de todos os perfumes.

Maio, o quinto mês do ano, de trinta e um dias;
Mês da fertilidade, de todas as Marias;
O mês de todas as mães;
O mês de todos os corações.

Maio, o mês movido por todas as gentes,
Da música, da poesia e outras alegrias;
O mês de plantar no mundo sementes
De uma árvore de todas as outras vidas.

Maio, o mês de nome tão pequenino
E de tão abastado cheirinho!
Mês que descrevo com mui carinho
Em uma pena de pássaro menino.

© RÓ MAR


A TUA TRISTEZA





A tua tristeza


Os, anjos choram a tua tristeza,
Lágrimas caem do céu cinzento,
E, eu aqui perdido na incerteza,
Se o céu, será nosso convento?

Esse lugar de dogmas sagrados,
Guardado plas hostes celestiais.
Anjos de asas finas e delicados,
Lembrando que somos mortais.

Chove, chove e já é primavera!
A terra divina bebe a nossa dor.
Eu peço a Deus quem me dera,
Ver o novo, éden brotar em flor.

Joaquim Jorge de Oliveira 


PÔR DO SOL





Pôr do sol


A tarde cai
O sol encanta
Mostra sua cor
Mostra seu poder
Nesse cenário de sonhos
Onde um dia amei...

O sol vai lentamente
Sumindo no horizonte
A cor vermelha vibrante
Eu aqui solitária
Vejo o sol sumindo
Vejo as estrelas surgindo
No negro escuro da noite...

Um assovio do vento
Desperta faz medo 
Apavorada fiquei
Aqui a te esperar
Sinto o frio da noite
Começando a congelar...

O céu se enche de estrelas
Do sol nem um sinal
A noite que vai chover
As estrelas que vão sumindo
São chuvas de lágrimas sentidas
Contidas no pôr do sol...

Irá Rodrigues


sexta-feira, 13 de maio de 2016

13 DE MAIO - MÊS DE AMOR!




13 de Maio – Mês de Amor!


13 de Maio, dia de demonstrar fé e amor,
que em Fátima muitas pessoas desejam lá estar
para a Nossa senhora agradecer com fervor,
local onde muitos peregrinos e cristãos vão rezar.

Todos vão com verdadeira devoção
mostrar sua fé, pedir e mostrar gratidão.
Pedir muita saúde, pedindo em oração
e muitas pessoas pedem mais fé e perdão.

Apesar de muita gente no Santuário estar
sente-se uma luz e muita paz ao caminhar.
Acreditam que a Nossa Senhora os vai ajudar
e receber muitas bênçãos para a sua vida levar.

Nossa senhora, mãe abençoada e querida
pedimos com fé para nossa família proteger.
Rainha mãe, gloriosa e sempre bem vinda
para saúde e amor no nosso Lar sempre ter.

Benditas sejas Mãe Santíssima e adorada
protege-nos estes teus filhos com o teu manto.
E rogai por nós todos, Mãe muito amada
nós sempre te adoramos e veneramos tanto.

Bernardina Pinto

NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA


Fotografia de Santuário de Fátima - Portugal - Juna Fard 
Releitura da Capelinha das Aparições.
Em 1922 foi dinamitada por desconhecidos, e reconstruída logo em seguida. 
O pedestal onde se encontra a escultura de Nossa Senhora de Fátima é exatamente onde ficava a pequena Azinheira das Aparições.



Nossa Senhora do Rosário de Fátima 


13 de Maio 


Virgem Maria,
Mãe do prodígio Jesus,
Nossa Senhora do Rosário,
Santa Padroeira, milagrosa de Fátima
Dai-nos luz para seguir a alma
Das boas graças, trepando pela roseira alva
De teu nobre manto, pelo caminho vário
Até ao auge da felicidade, reino que salva.

A áurea que irradia em Maio
Sai de mãos santíssimas para o mundo
E cresce pelo ano, não só hoje, treze de Maio!
É urgente que se grave a oração no coração
Para o amanhã ser futuro, próspero, desejado.
Celebremos a romaria no encanto do salvador,
O script de melodiosas ceifas de Vénus
À raiz da humanidade em amor.

Que as ideias várias convirjam num só pensamento,
Peregrinos da salvação à arte do momento,
De todo o sentimento, em epígrafe da Paz, União.
Que seja o Sol a raiar nas faces da vida,
Cabaz de sonhos, de pomar e raízes do céu,
Embrulhado no véu
Da virgem santíssima!

E, nesta lida, do bem-haja, salve-se a verve
Que floresce o fecundo amor e serve
Em versos que amanhecem a luz da estrela-guia.
E, o script mensageiro é tudo o que se podia!
Mas que não seja só palavra
Que seja lavra de boa safra,
De asas de borboleta, 
Para assim voar pelo planeta.

Não ao conto do vigário!
Sonhos sim mas em fuste sólido
Para dar estabilidade às contas do rosário.

© RÓ MAR


NOSSA SENHORA




NOSSA SENHORA


A Tua aparição foi uma bênção,
Que lançaste sobre a terra,
Os homens foram tocados,
Nesse dia treze de Maio,
Rezando para Ti, sentida oração.

Vejo em Ti, minha querida mãe,
Na Tua santidade e bondade,
No teu carinho pela humanidade,
Que precisa de manter a Fé
Num mundo melhor que não é.

Os crentes neste dia e sempre,
Têm-te no seu peito presente,
Rezam por Ti, pedem ajuda
Para a vida que os atormenta,
E se livrarem de tanta tormenta.

Os anos sucedem-se apressados,
Cada vez nos deixa mais enganados,
Não foras Tu, os nossos sacrifícios
Seriam mais difíceis e dolorosos,
Te agradecemos a tua terna bênção.

Ruy Serrano

quarta-feira, 11 de maio de 2016

AQUI… AS PALAVRAS SÃO…


Beautiful world. Nature, love, art.


AQUI… AS PALAVRAS SÃO…


As palavras são tantas que nem sei contar…
Passeiam-se por aqui… umas à sombra outras ao sol.
São tantas letras que vivem aqui… umas ao vento
E entre a chuva… há as de frio e as de sol.

Os dias aqui… são pequenos e também grandes…
Passeiam-se pelo ano em carros alegóricos
De tais fantasias e tantas verdades.
E as noites longas… há as pequenas a seu tempo.

Os sorrisos aqui… são da terra e há os de sol e ar…
Passeiam-se ao coração em canções de embalar.
Quando há tempestade as lágrimas são ricos
Tesouros de mui raízes de prosperidade.

As frases que não colheram são aqui… o ar
Que se respira e fortifica este jardim…
Que nem sei quantos frutos tem ainda a dar
Ainda assim tem muito que se possa contar.

Aqui… há vida de diferentes estórias…
Passeiam-se à luz do dia e às estrelas da noite
E conquistam o habitat natural pelo mote
Que vestem… há as azuis e ainda cor das rosas.

Aqui… há metáforas de mil e tais segredos
Que se confessam ao mais terno vento…
Volúpias que amanhecem em seu ninho…
Chilreiam abraços… pássaros de sonho.

Aqui… as palavras são… ainda assim as sei amar
Não que tenha alma de poeta, mas sim algo a dar.
Partilhando este pequeno jardim…
Sinto-me mais perto do coração de todos.

Se há coisa que sei é que não tenho tempo
Para repescar à alma todas as palavras…
Tenho sim aqui… algumas à mão e sem vaidade
Oferendo como trevo uno de felicidade.

Aqui… as palavras são almas de pequena gente
Do campo que vive dia-a-dia… momentos
Que ensinam a amar mais e sempre os outros.
Há as que têm raiz à terra e vivem além da morte.

Aqui… as palavras são tantas que nem sei contar…
As palavras são… ainda assim as sei amar.

© RÓ MAR


segunda-feira, 9 de maio de 2016

BAILARINA



Joaquim Jorge Oliveira


DA COMUNICAÇÃO




DA COMUNICAÇÃO 


“Dia mundial das comunicações sociais,
homenageando Diderot”


Mais vale só que mal acompanhado,
Lá diz o povo e terá razão,
Ditado velho mas desgastado
Pela falta de Comunicação.

Falando é que a gente se entende,
Diz a popular sabedoria,
Pela fala tudo se compreende
Nos meandros da cidadania.

Entre o silêncio e a comunicação
Vai o sentido do ser humano
Na sua própria realização
E no seu fazer quotidiano.

A fala rege o entendimento,
Seja gesto, som ou imagem,
Por ela há luz e conhecimento
Em paradigma de mensagem.

Da mensagem faz-se trajecto
Num oceano de comunicação
E o tempo se encurta discreto
Germinando toda a intenção.

A intenção dá vida às palavras
Entre o direito e a concordância
E o fruto que brota das lavras
Faz-se luz e faz-se importância.

Comunicar e bem comunicar
Conforme a justa regulação
Dá convivência e faz avançar
O progresso da Civilização.

Diderot um dia sonhou
Este “projecto assinalável”
E esse sonho determinou
Um novo Mundo admirável!

Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA

domingo, 8 de maio de 2016

MEDITANDO...


Foto de Maria Eugénia Ponte


Meditando…


Já tenho ouvido dizer muitas vezes que “a religião é uma coisa e a vida real é outra”.
Muita gente exige dos outros virtudes que nunca tiveram e estão convencidos de que só a sua opinião é que está certa.
Meditando um pouco, no silêncio do meu coração, a minha alma eleva-se para Deus e uma enorme Paz me invade...
Deus não é um conceito abstrato, nem uma figura histórica, Ele vive e viverá eternamente em nós.
Acompanha-nos na nossa vida e em todos os nossos atos.

Quando alguém se põe à procura de Deus, deve primeiro tomar consciência de que não há nada para procurar, ou alcançar.
Como se pode procurar aquilo que está bem diante dos olhos? 
Como se pode alcançar aquilo que já se possui?
Aqui, o que se exige não é esforço, mas reconhecimento.

Para de procurar, para de viajar... e encontrarás ... e chegarás!...
Não precisas de ir a lado nenhum!
Para e vê o que está bem diante dos teus olhos!
Quanto mais depressa fores e quanto mais te esforçares na viagem, mais probabilidades tens de te perderes.

Muitos procuram “ONDE” podem encontrar Deus.
A resposta é: “Aqui”, nesta vida. É aqui que tens de O encontrar!...
Se perguntares “QUANDO” O podes achar, a resposta é: “Agora” !
Se perguntares “COMO”, a resposta é:
“Fica em silêncio e olha!...”

Maria Eugénia Ponte

NO CAOS



Ana Carvalhosa


sábado, 7 de maio de 2016

NO SOL DA ALMA




NO SOL DA ALMA


Ah que dia chove a cântaros e não podia
Maio primavera em flor mês de Maria!
Ao fechar as janelas brilham as retinas
No sol da alma que aquece o coração.
Pelo dia frio pairam mistos de paixão
De múltiplas cores que perfumam a estação.
Pudera a primavera tem essência
E o que chove não abala o género das meninas
Que brilham sempre em qualquer estação!

© RÓ MAR

CHOVE




CHOVE


Chove,
Céu acometido de um pranto incontido
Em bátegas que lavam a alma dos telhados
Precipitando os solos de fecundas incertezas

Chove,
Os pássaros recolhem o canto nos abrigos
Guardam trinadas metáforas nos ninhos
Suspirada esperança num rasgo de claridade

Chove,
O grito do vento reclama forte
No calendário de uma primavera adiada
Vontades suspensas no dia, na hora não anunciada

Chuva,
Ouço-a ecoar no pensamento
Debruçado sobre a melancolia do tempo
Coração batendo em descompassado momento.

© Antero Jeronimo