sábado, 3 de outubro de 2015

MOINHOS DE VENTO

 
 Moinhos de vento da serra da Atalhada 


“MOINHOS DE VENTO”


Brancos moinhos, parados, sonolentos,
Sem mágoas, sem lamentos,
Em repouso, de dormência embebidos
Ao alto erguendo os braços ressequidos!

No Verão tudo é silêncio. O sol é rubro e forte.
E, sob a ténue brisa do Norte,
As grandes velas, quais lenços de saudade,
Parecem gemer de ansiedade...

Chega o Outono e o vento nas charnecas
Faz redopiar no chão as folhas secas
E grita e uiva, pelas serranias!

Chega a alegria aos moinhos! Despertam do sono,
E tremem de anseio, que já aí vem o Outono! 
E de velas enfunadas, viram ao vento, desfraldadas!

Alfredo Costa Pereira