terça-feira, 27 de outubro de 2015

PEÇO CONSOLO




PEÇO CONSOLO


Peço a Deus consolação
Sofro um martírio que não mereço
Que desconsola meu coração;
Mas tenho fé na madrugada do amanhã!

Sentada, aqui sozinha;
Na poltrona da desistência
Sentimentos poluídos, 
Afloram os meus sentidos!

Tenho emoções estranguladas na garganta, que ironia
Estou enferma de víceras malignas;
Células anómas; micróbios, bactérias humanas
Que destroçam meu sangue e minha poesia!

Exausta, a poeta perde-se no bosque da fatalidade
Sentada numa pedra cheia de musgo e humidade
Acaricio meus olhos molhados, num gemido
Limpo as gotículas cálidas, perdida de tudo!

Com cheiro a terra molhada cor avermelhada
A insónia insubmissa abre seu portado largo
Rangendo e com fúria debruça-se na janela da noite
Deixando-me triste e atormentada!

Nazaré G. (NANÁ)