PEÇO CONSOLO
Peço a Deus consolação
Sofro um martírio que não mereço
Que desconsola meu coração;
Que desconsola meu coração;
Mas tenho fé na madrugada do amanhã!
Sentada, aqui sozinha;
Na poltrona da desistência
Sentimentos poluídos,
Afloram os meus sentidos!
Tenho emoções estranguladas na garganta, que ironia
Estou enferma de víceras malignas;
Células anómas; micróbios, bactérias humanas
Que destroçam meu sangue e minha poesia!
Exausta, a poeta perde-se no bosque da fatalidade
Sentada numa pedra cheia de musgo e humidade
Acaricio meus olhos molhados, num gemido
Limpo as gotículas cálidas, perdida de tudo!
Com cheiro a terra molhada cor avermelhada
A insónia insubmissa abre seu portado largo
Rangendo e com fúria debruça-se na janela da noite
Deixando-me triste e atormentada!
Nazaré G. (NANÁ)