VIDA ATORMENTADA
Esta vida morna e lenta que me consome,
Não me desperta interesse nem vontade
De viver mais tempo com a humanidade,
Que me despreza e me vota ao abandono.
Almas fechadas, egoístas e desesperadas,
Que invejam quem sou e a minha vivência,
Vidas que se cruzam, tão desencontradas,
São condenação da minha sobrevivência.
Num mundo de pecados como o terreno,
Não há lugar pra inocentes e redentores,
Sobra um mundo tirano dos imperadores,
Que dominam a terra de modo obsceno.
Este mundo de vícios e conspirações
É controlado por almas mal formadas,
Exercendo vinganças e perseguições,
E deixando-nos queimar em fornalhas.
Vou contornar o caminho desta vida,
Saltando a barreira das dificuldades,
Farei por conseguir a paz merecida,
Saberei ultrapassar contrariedades.
Ruy Serrano