O tanque
Havia ali atrás do casario
Um tanque enorme aonde se juntava
A gente lá do bairro, ao sol, ao frio,
E a roupa lá de casa se lavava
Às vezes, p'la tardinha, no estio,
A mulherada vinha e se banhava
Sujeita a um olhar, um assobio,
De algum mirone ousado que passava
E aquela grande roda que ao girar
Impulsionava a bomba a trabalhar,
Fazia sair água em turbilhão
E a pequenada ali se divertia
A ver sair a água pura e fria
E a banhar-se em pura diversão!
José Sepúlveda