sexta-feira, 10 de junho de 2016

CAMÕES


O Velho do Restelo, Lusíadas  de Luís Vaz de Camões 


CAMÕES


Quantos sonhos, Luís Vaz
quanta utopia
no teu tempo insegurança
e no meu
quanto o teu sofrer 
quanta agonia
por um país 
o nosso
que ao tempo morria,
e hoje, outra vez
quase morreu…
quanta espera Luís Vaz
desesperança
de acharmos um meio
convincente
de dar cura aos males
que lhe infligem
a usura, a inveja
a maldição
dos “velhos do Restelo”
que ficaram…

foi deles o legado
da ambição
e apesar do tempo 
já passado
é deles esta herança
perdição…
tu, que cantaste 
a nossa gesta heróica
e a leste um dia
ao Desejado
melhor fora Luís Vaz 
teres nascido
num tempo mais feliz
em qualquer lado!

Maria Mamede