quarta-feira, 8 de junho de 2016

JÁ NÃO VOLTA A A MOCIDADE




JÁ NÃO VOLTA A A MOCIDADE 


O tempo a passar lá foi andando,
Eu vou olhando a vida no meu cais,
Os dias vão chegando sempre iguais
E assim sempre mais velho vou ficando.
 
Eu já fui a criança que, brincando
Pelos campos e montes, aos pardais,
Viveu dias felizes, divinais,
Dif’rentes dos que hoje eu vou vivendo.
 
O tempo de rapaz já se perdeu,
A criança feliz que já fui eu,
Morreu há muitos anos, é saudade,
 
A vida tudo dá e tudo tira
O que ontem era verdade, hoje é mentira,
Não volta nunca mais a mocidade!
 
Abílio Ferradeira de Brito