sábado, 4 de junho de 2016

UMA ÁRVORE PEQUENINA




UMA ÁRVORE PEQUENINA


Uma árvore pequenina
Pequenina árvore surgindo do nada.
Tronco frágil, vergando à força do vento;
Lentamente desabrocha.
Raízes se vão agarrando à terra, firmemente.
Temporais a castigam. Resiste.
Por vezes quase cede á força das intempéries.
É frágil seu tronco mas fortes as raízes.
Aquela pequena árvore tem garra para vencer 
Obstáculos que tentam derrubá-la e são muitos. 
Seus ramos, dobram até arrastar pelo chão 
Mas não quebram.
É indomável como um cavalo selvagem 
E lentamente vai crescendo. 
Muito lentamente; não cresce muito aquela árvore.
Seu tronco é robusto e um pouco atarracado.
Mas ano após ano, vai dando flor… e frutos!
Por vezes as folhas murcham, perdem o viço e a cor
Mas um novo alento vindo não sei de onde a faz reviver.
Ganha novas forças. Volta a resistir.
E assim, ano após ano, aquela pequenina árvore
Que surgiu do nada, mostra ao mundo o seu valor. 
Deu flores, deu frutos deu sementes.
Flores lindas, frutos sãos; 
Das sementes… o futuro o dirá!
Certo é que aquela pequenina árvore que ali nasceu
Há várias décadas, continua a sua luta.
À sua sombra muitos se têm acolhido e mesmo que o esqueçam 
Ela ali continuará, firme, até que um vento mais forte a derrube
Pois o tempo não perdoa. Mas deixará a sua marca,
A marca da sua tenacidade e nobreza, pois essa
Jamais força humana a derrubará
Esta árvore que alguém semeou, sem dar por isso, talvez,
Vingou! E árvore forte à sua custa se fez.
O Mundo é que ainda não a encontrou…

Manuela Baptista