domingo, 6 de setembro de 2020

ATÉ QUE A VOZ E A MÃO, NOS DOA

 

ATÉ QUE A VOZ E A MÃO, 

NOS DOA


Neste cantinho do fado
Sinto-me bem motivado
Para uma boa desgarrada
Eu não sei cantar o fado
Pois sinto ser um bocado;
Canção da Pátria amada

Sint’ orgulho e me apraz
Pois mostro do que é capaz
Esta gente lusitana
Mesmo sem haver guitarra
O fado tem sempre a garra
E mostra-nos a sua fama

Do mundo vêm comentários
Connosco estão solidários
Gostam do nosso jeito
Fado é dor e é triste
Mas a ele ninguém resiste
Mesmo chorado a preceito

Vamos lá rapaziada
Numa inspiração afinada
O fado não é só Lisboa
O fado é de todos nós
Mesmo quando a nossa voz
A voz e a mão, nos doa.

© ARIEH NATSAC