O CARTEIRO
Puxando a sua bicicleta
Co’o saco de coiro às costas
Fazia da sua vida uma recta
Sua amiga predilecta
Nas horas mais indispostas
Era amigo e confidente
Nas boas e horas más
No inverno batia o dente
Ao frio mais impertinente
Mas vinha sempre em paz
Sabia moradas de cor
Em todas tinha um amigo
As cartas tinham o valor
Das tristezas e amor
Que trazia sempre consigo
Pergunta que sempre ouvia
Hoje trás carta p’ra mim?
A resposta logo surgia
Tenha calma tia Maria
Modere seu frenesim.
© ARIEH NATSAC