Foto © Ró Mar
NATAL DOS SEM ABRIGO
Há uma estrela no céu, especial
Que alumia a desgraça e a pobreza
Com o crepúsculo se refaz a natureza
Com os anjos se celebra o Natal.
Dos ricos eu não falo, não merecem
Têm tudo, não lhes falta nada
Aos pobres dedico o sol da alvorada
E a ternura onde se aquecem.
Os velhacos merecem castigo
Os maus merecem degredo
Da vingança eu só tenho medo
Apenas me afago com quem é amigo.
Livrai-nos da luxúria e do mal
Das doenças más e do perigo
Dai amor infinito aos sem abrigo
Cobrindo-os de calor este Natal.