domingo, 8 de dezembro de 2019

PRELÚDIO DE NATAL




PRELÚDIO DE NATAL


Inicia-te comigo neste frio Natal
Falso e artificialmente aquecido
Em fragrâncias subtis de um ritual
Aromático, e de velas carecido,

Arranca-me a ansiedade do peito
E solta a tua bela musicalidade
Neste prelúdio em "Allegro" escrito
Que se chama avareza e vaidade,

Deixa aquecer o amor e a saudade,
Sós, nas ténues chamas do madeiro
Dando as boas festas à humanidade,

Acaba de vez com esta insanidade
De querer viver na pura falsidade
Os tempos que vivemos de verdade.

© Jorge Manuel Ramos